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José Antonio

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A BR 434 e as pegados dos dinossauros

16/08/2013 às 16h36

Uma obra licitada com valor inicial de 23 milhões de reais e que nela já teria sido investido mais da metade, está paralisada. Trata-se da BR 434, que liga Uiraúna a cidade de Poço Dantas, que teve inicio no dia 1º de julho de 2010 e que deveria ter sido entregue um ano depois, conforme estabelece o contrato entre o governo federal e a Construtora Progresso, responsável pela obra.

Dos 18 quilômetros contratados, segundo informações, já foram executados 11 Km  de terraplanagem e apenas 8,2 Km de asfalto e como neste país, principalmente quando se trata de obra pública, por mais de uma vez já foi paralisada e justifica-se que tenha sido por falta da liberação dos recursos. 

No ano passado, no dia 25 de julho parou mais uma vez devido a intervenção do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que aceitou recurso do Ministério Público Federal devido uma alegação do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), que apontou a região da Bacia do Rio do Peixe, conhecida como Vale dos Dinossauros, como área de preservação, por existir, no traçado da rodovia, vestígios  arqueológicos.
Recentemente, ao visitar a cidade de Bernardino Batista, trafeguei por esta rodovia e o que mais me deixou desencantado, entristecido e revoltado com o cenário que observei, foi com a construção de uma grande ponte, que acredito ter o valor igual a metade de toda obra e se encontra abandonada e se deteriorando e uma grande chuva que deu este ano destruiu grande parte do que já se havia executado e a estrutura de madeira ali posta como escoramento tem que ser refeita e as estruturas expostas de ferro armado, quase todas enferrujadas acredito que têm que ser repostas.

É lamentável como neste país se joga o dinheiro do povo no lixo sem a menor parcimônia e mais doloroso ainda é ver as lideranças políticas da região fechar os olhos diante de tão lastimável descaso.

Mas  vamos ter eleições no próximo ano e como é amplamente sabido que estas empresas que executam estas obras “alimentam” as campanhas eleitorais com recursos, possivelmente, ela seja reiniciada.

Não tenho conhecimento como anda este processo no Ministério Público Federal e quem estaria se interessando na solução do embargo dos serviços, mas talvez já esteja na hora dos habitantes dos três municípios, que serão beneficiados com a sua conclusão, realizarem uma grande manifestação e passar a cobrar dos governantes ações efetivas na solução do problema junto IPHAN.

As vozes do sertão do Rio do Peixe precisam ecoar mais fortes e vibrantes para que possam ir além de suas fronteiras, para que seu povo saia do isolamento e para que o progresso possa permear as suas margens e num futuro não tão distante as pegadas dos dinossauros, existentes neste vale, que hoje impedem a obra, sirvam de mote para permitir um fluxo de turismo em razão delas e assim possibilitar renda e emprego para o seu povo. 

O IML de Cajazeiras
Como contribuição ao debate em torno do local onde seria construído o IML de Cajazeiras, porquê não ser onde estão os escombros do que seria o Hospital Municipal de Cajazeiras, ao lado do estádio Perpetão? Um local excelente e já pertence ao município. Ou será que ainda pensam em ressuscitar o projeto?

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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