A diferença que faz diferença

Tenho me recolhido em reflexões sobre a maneira absolutamente diferente de fazer política do candidato a governador Ricardo Coutinho (PSB). Diferença que, aliás, tem sido motivo de muita reclamação por parte dos chamados políticos profissionais.

O mago, como é tratado em João Pessoa o ex-prefeito da capital, não é aquele político que a Paraíba acostumou-se mal a ter em suas eleições: sorriso aberto a tudo e a todos, tem solução para tudo que é problema colocado pelo eleitor, promete o que sabe que não poderá cumprir, anuncia nomeação de parentes e amigos aos cabos eleitorais, enfim, um deus poderoso que tudo pode. Essa encenação toda, claro, em troca dos votos. Passada a eleição, a batida do bumbo é outra.

Ricardo Coutinho pode até perder a campanha eleitoral, mas não é assim nem conseguirá sê-lo, mesmo que desejasse. É que ele foi forjado politicamente noutra forma, noutra concepção política. Mudar no que se acredita para obter ganhos eleitorais não parece ser seu foco. Ao contrário, o mago acredita que é essa forma diferente de fazer política que pode lhe jogar nos braços do povo. Por que?

Ora, não é novidade para ninguém que a esmagadora maioria do povo brasileiro está de saco cheio dos profissionais da política. Serão diferentes os paraibanos? Penso que não!

É aí, portanto, que reside a força ricardista: na diferença do fazer, do ser, do olhar, do tratar a política realmente como res pública. Na diferença de saber que por ter sido eleito, não se é dono, se é gerente. E gerente não faz o que a própria vontade determina, mas o que lhe determinam. Quem? O povo, verdadeiro e único poder originário de todo poder político num Estado Democrático de Direito, como o nosso.

S O L T A S

*O governador da Paraíba já confirmou que não participará de todos os debates políticos durante esta campanha. Agora vem a Secretária de Comunicação do Estado pedir que os jornalistas não façam perguntas políticas a Maranhão. Afinal, o que se quer esconder?

*Ninguém brinque com possibilidade de eleição de Jeová Campos (PT) a deputado federal. Estrutura, apoios, discurso, propostas, coragem e determinação são elementos que não lhe faltam. Ao contrário!

*“PMDB recorre ao TRE para tentar fazer Cássio inelegível até eleições de 2014.” Afinal, como diria minha avó, gato escaldado (2002 e 2006) tem medo d´água fria.

*Estivemos representando a Rádio Alto Piranhas nesta quarta-feira(14) no 1° Seminário de Comunicação – A Mídia e as Eleições 2010 – realizado no TER, em João Pessoa, e trazemos dados oficiais daquele órgão sobre as eleições próximas no Estado:

– eleitorado = 2.740.079 (crescimento de 3,19% em relação a 2006),

– urnas eletrônica = 11.254,

– eleitorado feminino = 52,66% / eleitorado masculino = 47,34%

– os 4 maiores colégios eleitorais = João Pessoa / Campina Grande / Santa Rita e Bayeux,

– ordem de votação na urna = Dep. Estadual, Dep. Federal, Senador 1, Senador 2, Governador e Presidente da República.

*O jovem João Paulo de Oliveira Holanda, filho de Evaristo e Socorro de Sá Holanda, é o mais novo médico cajazeirense formado pela UFPB. A ele e pais, os nossos parabéns

*Domingo é dia de Trem das Onze, democracia no verbo e na prática – www.fernandocaldeira.com.br
 

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Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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