header top bar

Maria do Carmo

section content

A outra face de mãe

07/05/2014 às 15h05

Atualmente vem crescendo o número de mulheres jovens sendo mães precocemente. Entre outros fatores agravantes desta realidade se destaca a gravidez não planejada ou indesejada. Ambos apresentam características distintas e na maioria das vezes resultam em destinos cruéis para os futuros filhos.

Diante de tal situação, uma pergunta nos inquieta: será que estas mães estão cumprindo com o verdadeiro papel de mãe? Obviamente que, em parte, não   neste grupo de mães há uma forte ausência de responsabilidade para encarar uma situação de cumplicidade e compromisso nas atitudes do que significa ser uma mãe de verdade.

No tocante à falta de planejamento familiar, observa-se que pelo fato de serem ainda imaturas para pensar no grande desafio do que venha ser engravidar e mais que isso, criar uma criança   haja  visto que requer dedicação  e vai além  de uma simples mamada. Encaram a gravidez como uma “brincadeira” o que constitui algo tão sério. Está se tornando comum o seguinte resultado:  mães  estão jogando seus filhos nos braços das avós que muitas das vezes já estão cansadas da batalha de ter criado sua amada filhinha.

Sem contar também o aumento crianças  abandonadas, desprotegidas e submetidas aos maus tratos de pessoas estranhas, tornando-se martirizadas, carentes de afetos, vítimas da ingratidão, verdadeiros candidatos a futuros adultos frustrados.Há de se perguntar:como estas crianças entendem o verdadeiro sentido de uma mãe? No momento necessário de sua presença na criação do seu filho se ausenta causando sérios danos afetando os estados: emocional, psicológico e até mesmo físico provocando  sequélas irremediáveis do mesmo. Não podemos negar que esta figura de mãe sucumbe passando a ser uma “carrasca”.

Também assistimos através dos noticiários   veiculados  na imprensa, TVs e Internet atos absurdos contra indefesos inocentes que são vítimas de suas próprias mães criminosas que os abandonam nas calçadas, torturam e chegam a assassinarem seu próprio filho pelo fato de ser o resultado de uma gravidez indesejada. Isto sem se falar no grande número de casos abortivos cuja vida  é ceifada ainda no colo uterino.  A insensatez permeia a mentalidade mesquinha destas mulheres interrompendo o direito de nascer e de viver do seu próprio filho. No mundo moderno onde há tantas técnicas e recursos para evitar uma gravidez, é inaceitável e repudiante tais atitudes por parte de mães desnaturadas e criminosas.

Por isso, é preciso muito cuidado para no futuro, o dia das mães não se tornar triste, cheios de remorsos por ter agido impensadamente, impiedosamente e cometido bárbaros gestos com alguém que não pediu para ser fecundado.  Cara mãe! As lágrimas   derramadas no dia das mães poderão não representar alegrias ao receber flores do filho querido, mas sim, lágrimas de remorsos da injustiça cometida com alguém tão  importante,  ou até mesmo indiferença do seu filho que poderia amá-la tanto, e que nem uma singela flor escolherá para simbolizar o frio afeto que poderia sentir por você.

Professora Maria do Carmo de Santana, Maio de 2014

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: