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José Antonio

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Águas do São Francisco

18/10/2014 às 11h57

Imaginemos a cidade de São Paulo, que vive atualmente um grave problema de abastecimento, diante de um colapso total de falta d’água, igual aos de muitas cidades da Região do Alto Piranhas, cujos reservatórios já estão secos há muito tempo, como solucionar este grandioso problema?

Por estas bandas, o povo já convive com este problema há séculos e se contenta, sem muita revolta, com os minguados caminhões pipas que alimentam algumas centenas de cisternas de placa, espalhadas pelas comunidades rurais, sob rigorosa fiscalização do Exército.

Alguns paulistas que aqui acolá fazem duras críticas aos nordestinos poderão, a partir desta situação, sentirem na pele e entenderem o quanto é ruim viver numa região onde a água nem sempre é abundante e farta.

Fico pensando se esta obra, da transposição das águas do Rio São Francisco, fosse em São Paulo se demoraria tantos anos para ser concluída, como esta que esta que se arrasta pelos sertões secos e tórridos do Nordeste.

Quem teve a oportunidade de ver na televisão a candidata a presidenta, Dilma, ao lado do ex-presidente Lula, no horário da propaganda eleitoral, mostrando a entrada pelos canais das águas captadas no lago de Itaparica, às margens da cidade de Petrolândia, no Sertão pernambucano, mas parece ter sido só com o objetivo de fazer propaganda, porque tiveram mais uma falha no bombeamento da água. 

O Ministério da Integração Nacional se manifestou sobre o assunto afirmando que essa fase é de ajustes e tudo está dentro da normalidade. Mas fica uma pergunta: como uma obra deste porte, com um volume de recursos enorme, vem sempre dando problemas?

O mais grave é que, segundo foi divulgado amplamente, “nenhum teste deu certo e pior é que não sabem exatamente qual é o problema”. De acordo com informações extra-oficias, pode ter havido falhas técnicas e elétricas, como o travamento e o retorno da água, por exemplo. Duas das quatro bombas foram testadas desde o último dia 13, segunda-feira, já que as outras ainda não foram instaladas.

Apesar dos protestos contra a retirada destas águas, a vazão atual do Rio São Francisco é de 1,1 mil metros cúbicos por segundo e as bombas vão puxar 7 metros cúbicos por segundo. Normalmente, a vazão é de 2 mil metros cúbicos por segundo, mas a diminuição é atribuída à seca.

Todos nós aguardamos com muita esperança que este serviço seja concluído para fazer com que esta água possa chegar até os 12 milhões de moradores de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O relatório de execução física de julho mostrava que o empreendimento está 62,4% concluído. As obras seguiam então com 11.400 trabalhadores e mais de 3.900 máquinas em ação.

Com todo este aparato e mais a necessidade de “mostrar serviço”, principalmente neste período eleitoral, só vamos ter a felicidade ver as águas de o Rio São Francisco encher o Açude Engenheiro Ávidos e correr pelo leito do Rio Piranhas em 2016.

Vamos torcer para depois das eleições a obra não seja mais vez paralisada, até porque tem uma previsão de que em 2015 poderemos ter mais uma seca. Vale lembrar que no ano de 1915, foi registrada uma das maiores secas que tivemos nesta região, neste ano foi construído do Açude Grande de Cajazeiras.

Cemitérios
Estive nas duas últimas semanas nos cemitérios Coração de Maria de Maria e Nossa Senhora Aparecida e neles precisa ser feito uma ampliação da rede elétrica que possa atingir todas as suas áreas, porque tivemos que utilizar as lanternas dos celulares para concluir os sepultamentos de amigos que passaram a residir nas alamedas da saudade. Observei também que na parte nova do Cemitério N. S. Aparecida, a capela ali existente, o piso cedeu e foi preciso retirar todas as telhas de sua cobertura, antes que acontecesse um desabamento. Nestes sepultamentos se faziam presentes parentes e amigos dos mortos, que residem em outras cidades e de outros estados, e fiquei observando comentários que depõem contra a cidade de Cajazeiras.  

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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