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Reudesman Lopes Ferreira

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Arbitragem o foco das discussões

10/09/2015 às 20h08

Por Reudesman Lopes

– Corta! Foi braço!

 Com o berro do quinto árbitro, instalado na sala de tv, ecoando em seus ouvidos, o primeiro árbitro apitou e paralisou a partida. O apito paralisou os jogadores, emudeceu o estádio. Na sequência, a gritaria foi ensurdecedora, tanto vinda das duas torcidas como dos jogadores amarelos, revoltados com a marcação e a perda do título.

Sim, se a bola entrasse o Amarelo seria campeão. Seria. Desgraçadamente, naqueles poucos segundos a edição de tv mandou novas imagens do lance. Uma delas, captada por uma câmera entre a bandeira de escanteio e a primeira trave, mostrava que a bola tinha tocado no ombro do atacante amarelo, pegando a direção, como um passe perfeito, de seu companheiro de time.

A jogada fora toda legítima. Os telões do estádio agora mostravam o lance e, entre eles, lá estava a fatídica imagem da câmera frontal. Bola no ombro. O primeiro árbitro estava catatônico. Por sua cabeça desfilava sua lembrança do lance – de sua posição, ele mais intuíra do que vira que a bola tinha mesmo batido no ombro e não no braço. Em seus ouvidos ainda reverberava o berro do quinto árbitro. Ele achava que o cara torcia pro Vermelho. Agora ele tinha certeza. Agindo como um autômato, cumpriu os protocolos há tanto tempo repetidos.

Distribuiu cartões amarelos, mandou pôr a bola no local da infração e logo depois da cobrança encerrou a partida. Estava cansado. O trecho acima retrata uma hipotética ação em futuro não muito distante, provável e desgraçadamente. Ao contrário do que anseiam os críticos das arbitragens, traquitanas eletrônicas não tirarão as dúvidas e não deixarão de interferir nos resultados. Já cansei de ver discussões sobre lances de jogo. Grande quantidade delas, mesmo com o auxílio de imagens de diferentes câmeras, termina sem que se chegue a uma conclusão.  Nem mesmo depois da mesma cena ser repetida inúmeras vezes, a ponto de irritar a todos,principalmente aos telespectadores.

O jogo que o árbitro vê somente ele vê. E ele apita, ou não apita, de acordo com o que vê, mas não somente. Ao lado ou próximo da jogada, ele ouve. E sente. Da combinação de tudo isso o que para ele não é falta pode ser para quem está distante. Nem sempre a imagem da televisão retrata a realidade como ela é. Penso que é importante melhorar sempre mais a arbitragem, mas descarto toda a absurda complexidade de equipamentos e equipes para “ajudar” o juiz a apitar. Minhas críticas a essas propostas de introdução de traquitanas eletrônicas não se dão por mero apego ao futebol como ele é, mas também à questão “custos” e à inevitável elitização de alguns jogos em detrimento de outros.

Animo renovado
A vitória do Botafogo PB frente ao lanterna Icasa pelo placar de 4 a 1 em Juazeiro do Norte deu uma nova motivação ao time da estrela vermelha da capital. A três pontos do quarto colocado que é o América de Natal, o Belo mira o jogo contra o Vila Nova em João Pessoa como uma autêntica decisão e para que se alcance o objetivo que é a soma dos pontos pela vitória a diretoria do Botinha espera que a torcida se faça presente ao Almeidão para empurrar o time a mais uma conquista.

Desanimo no Galo
A derrota por 3 a 1 para o Serrano atrapalhou os planos do Treze na Série D do Campeonato Brasileiro. Agora, o Galo precisa vencer o Estanciano na última rodada e ainda torcer por um tropeço do Central de Caruaru para se classificar para próxima fase da competição nacional. No entanto, para quem pensa que o time do bairro do São José já jogou a toalha, muito se engana. Atualmente com 12 pontos, o Treze se encontra na terceira posição do Grupo 4. O Estanciano, que soma 15, é o líder da chave e já está classificado. Na vice-liderança, vem o Central com 13 pontos e dentro da zona de classificação. Serrano e Goianésia, que estão matematicamente desclassificados, completam a tabela.

BOLA DENTRO
Para o trabalho realizado pelo professor Bruno Albuquerque na sua Escolinha Estrelas do Futuro com os seus alunos. Escola de Futebol NOTA 10!

BOLA FORA
Para aqueles que, como nós, não estávamos a acreditar numa competição mais organizada como vem sendo a segundona da Paraíba. Assim, vai uma NOTA 0!

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

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