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José Antonio

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Armazenamento d’água: previsão nebulosa

10/02/2013 às 19h56

 

Confirmando-se as previsões pluviométricas para o ano de 2013, já anunciadas pelos mais importantes órgãos que realizam estes estudos, indicam que as chuvas não irão atingir a média histórica, que no município de Cajazeiras é de 878,5mm, conclui-se que iremos atravessar um longo período de dificuldades, já que no ano de 2012, o índice atingido também esteve abaixo da média e choveu apenas 734,0mm.

 

Nos últimos 15 anos, o de 2001 foi o que menos choveu e o de maior seca, com índice de apenas 653,0mm, seguido do ano de 1998, com 663,5mm; no ano de 2012 com 734,0mm, em 2005 com 739,7mm e em quinto lugar ficou o ano de 2010 com 792,5mm.

 

Muito embora o ano de 2011 tenha sido muito acima da média, as chuvas que caíram no nosso município, com 1.723,0mm, foi suplantado, nos últimos quinze anos, apenas pelo ano de 2008 que choveu 1.824,0mm. Neste ano o nosso principal reservatório, o Açude Engenheiro Avidos (Boqueirão de Piranhas), por orientação do DNOCS, abriu as comportas alegando questões de segurança e os  beneficiados foram os irrigantes de Sousa e do Rio Grande do Norte. Quase secaram o Açude.

 

E com esta política de liberar águas, em janeiro de 2009, o Açude de Boqueirão, ficou com apenas 43.970.740m³ (17%) e o mesmo vem acontecendo desde muito tempo. Em janeiro do ano passado (2012) o açude atingiu a sua maior cota: 86.754.600m³ (34,%) e no último dia 06 de fevereiro tinha armazenado apenas 41.003.160m³ (16,1%). Mais da metade foi consumido.

 

Muito embora os técnicos avaliem que a cidade de Cajazeiras não corra o menor risco ter racionamento de água nos próximos 12 meses, fica a pergunta/preocupação, diante da probabilidade das previsões anunciadas, que este ano teremos chuvas sim, mas abaixo da média histórica, isto pode significar que o Açude de Boqueirão dificilmente receberá um volume de água igual ou superior aos 86 milhões do ano passado. Ao se confirmar estes números, o que fazer?  

 

Necessário se faz que as autoridades do município monitorem com muito cuidado a liberação das águas do açude, sem deixar de atentar para as questões dos ribeirinhos e do munícipes de cidade de Nazarezinho que coletam água do Rio Piranhas para sobreviverem.

 

Seria interessante que a Câmara Municipal convocasse o diretor do DNOCS, da cidade de Sousa, para que ele pudesse expor, sem rodeios, a atual realidade do Açude de Boqueirão e se realmente não corremos o risco de termos racionamento.

 

Vale lembrar que mais de sessenta comunidades da zona rural do nosso município está sendo abastecida com ás águas do açude de Boqueirão, via carro-pipa. Este volume de água não é tão grande, mas nesta época de falta de chuvas todo e qualquer volume de água deve ser levado em consideração.

 

O fato é que devemos externar para os responsáveis as nossas imensas preocupações, não apenas com o consumo responsável com o que resta de água armazenada em Boqueirão, como também com a quase certeza que a quadra invernosa deste ano de 2013 será de poucas chuvas. Quem sabe uma campanha publicitária orientando a população para economizar água?

 

Os antigos moradores do Distrito de Boqueirão contam que no ano de 1942 foi preciso instalar uma bomba para retirar água por cima da parede e canalizá-la para os habitantes da vila e recentemente um morador resolveu medir e está faltando apenas seis metros para atingir o nível de 1942. Será que vai acontecer este fato de novo?

 

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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