Cajazeiras grande

Temos todos, cajazeirenses e cajazeirados, a determinação, o empenho, o desejo e principalmente o sonho de vermos em breves tempos uma Cajazeiras grande demográfica, social, política e economicamente.

Não foram poucas as lutas da sociedade organizada para conquistas que ao longo do tempo vêm fazendo de Cajazeiras uma cidade cada vez maior e melhor, chegando a ter sido, em passado não muito distante, a cidade que mais cresceu em diversos setores, inclusive construção civil, segundo dados do IBGE.

Colégio prof. Manoel Mangueira, canal da travessa Joaquim Costa, estádio Perpetão, teatro ICA, UTI do HRC, faculdade de medicina, faculdade de direito, aeroporto regional, entre tantas outras, são conquistas da organização social do povo cajazeirense. Tem sido assim, e precisa continuar assim. Nada virá sem essa sadia pressão social.

Mas, a Cajazeiras que luta para grandes voos, como as águias, não pode se permitir a voos baixos, como os das galinhas. Não podemos reivindicar um aeroporto regional para alçarmos asas em busca de mais progresso, quando não conseguimos sequer manter uma empresa de transporte coletivo na nossa zona urbana.

O que estamos sabendo é que depois de quase um ano instalada no município, a empresa Kairós de transportes coletivos, está prestes a abrir mão da concessão. A alegação da empresa que tem diversos ônibus circulando nos bairros cajazeirenses, é a falta de fiscalização por parte da prefeitura sobre os transportes clandestinos, que estariam impedindo a viabilidade financeira para a permanência daquela empresa em nossa cidade.

Acho que não resta dúvidas a ninguém de que não poderemos conquistar de volta a aviação civil se não tivermos competência para termos linhas de ônibus ligando os diversos bairros de uma cidade essencialmente universitária.

Se for verdadeira a alegação da empresa de falta de fiscalização sobre transportes clandestinos, a prefeitura terá que agir rapidamente nessa questão, pois não podemos ser grandes sem conseguir resolver pequenos problemas! Caso a motivação da saída da empresa seja outra, igualmente caberá à prefeitura tomar posição no sentido de suprir, imediatamente, o serviço que pela mesma era prestado. O que não pode é Cajazeiras sonhar com aviões e não ter capacidade para manter financeiramente linhas de ônibus.

S O L T A S

*O Açude de Boqueirão de Piranhas tem capacidade para 255 milhões de metros cúbicos d`água, mas o DNOCS só permite que o mesmo armazene 200 milhões aproximadamente. Uns dizem que é por segurança; outros dizem que é por falhas na parede acima dessa capacidade.

*Se for por segurança, não dá para entender porque a sua segurança está justamente na sua capacidade, que é de 255 milhões. Se for por falha na parede, por que o DNOCS não aproveita o momento de estiagem para consertá-la.

*Seja uma ou outra a questão, o fato é que, hoje, os 55 milhões que o DNOCS não permitiu que o açude armazenasse está fazendo muita falta! Ou não?

*Em tempo: Boqueirão de Piranhas está, atualmente, com apenas 16 milhões de metros cúbicos d`água, ou seja, quase 3 vezes e meia menos que os 55 milhões não permitidos pelo DNOCS. ATÉ QUANDO???

*Neste domingo de carnaval não temos Trem das Onze. Lembre-se: o carnaval passa e a vida continua!         

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Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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