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José Anchieta

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Cajazeiras: história e desafios

22/08/2015 às 20h05

A cidade de Cajazeiras vive mais um momento festivo, cumprindo uma tradição de muitos anos: a dupla comemoração de aniversário de sua Emancipação Política e de nascimento do seu filho mais ilustre, o padre Inácio de Sousa Rolim.

A data de 22 de agosto foi instituída como Dia da Cidade, em 1948, por Projeto de Lei do então vereador Germiniano de Souza, sancionado pelo prefeito Arsênio Rolim Araruna, numa justa homenagem ao padre mestre, que foi, indiscutivelmente, o grande mentor do crescimento e do desenvolvimento de Cajazeiras.

A homenagem se justifica pela importância que teve o padre na construção dessa história. Além da atividade eclesiástica, ele dedicou-se á arte de ensinar, fundando um colégio que atraiu alunos de vários estados do Nordeste, e que, contribuiu, decisivamente, para transformar a realidade de uma localidade, cujos desbravadores foram seus pais, Vital Rolim e Ana Albuquerque.

As sementes lançadas pelo Padre Rolim foram fundamentais para os avanços de Cajazeiras em todas as áreas, ao longo dos anos. Sua obra educacional continua muito viva. Foi a partir dela, que a cidade começou a despertar para a sua grande vocação, que é o ensino, abrindo novos horizontes para o desenvolvimento.

Pois bem, o registro dessa história é importante para se exaltar as nossas melhores tradições, despertando as novas gerações para o conhecimento de fatos que marcaram a vida de Cajazeiras. Mas, tudo isso precisa ser visto como um despertar para se buscar novos caminhos para construção de um futuro melhor para todos.

Nesse sentido, há muitos desafios a serem encarados. A cidade do Padre Rolim clama, no momento, por ações para avançar em vários setores e melhorar a qualidade de vida do seu povo. Cajazeiras ainda sofre com os crônicos e graves problemas no seu sistema de saúde pública e também no campo educacional.

O avanço do ensino técnico e superior, ultimamente, impulsionou muito o crescimento da cidade, mas faltam investimentos públicos. O exemplo maior é o aeroporto regional. Há 15 anos, os cajazeirenses sonham com esse equipamento funcionando regularmente. Até o terreno foi doado pela iniciativa privada, mas a obra continua se arrastando, e a cidade perdendo a oportunidade, inclusive, de voltar a contar com os voos regionais.

Cajazeiras clama muito por esse empreendimento. Grita por um serviço de medicina legal, tão necessário nestes tempos de recrudescimento da violência. E clama por outras obras essenciais, principalmente na área de mobilidade urbana. A cidade precisa, urgentemente, discutir um projeto de desenvolvimento, contemplando todas as suas necessidades. Mas, para isso, precisa congregar forças e lutar muito.

O momento atual exige profundas reflexões sobre o futuro de Cajazeiras. A cidade conhecida nacionalmente pela sua função educadora, precisa reagir com mais altivez. Suas datas históricas precisam ser comemoradas com muitas obras, grandes conquistas e muito mais entusiasmo. Esse é o sentimento predominante entre cajazeirenses e cajazeirados que, verdadeiramente, amam a terra do Padre Rolim.

José Anchieta

José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

Contato: [email protected]

José Anchieta

José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

Contato: [email protected]

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