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Reudesman Lopes Ferreira

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Diretas já!

08/08/2014 às 19h49

Sou, acima de tudo, um legalista. Um democrata. Um amante da alternância do poder a partir do voto soberano da população. Ou, como no caso do futebol, das entidades que juntas formam a modalidade. E quando falo em entidades, falo apenas das sérias, comprovadamente legais, que não se resumem a amontoados de irresponsáveis a mando dos canalhas. Sou contra vícios, contra a corrupção (incluída aí a compra de votos), contra as enroladas e os jeitinhos. Sou contra, inclusive, a tese de que existem males que vêm para o bem. Sou contra o discurso de que certas falhas são toleráveis com o objetivo de evitar algo pior. Eu sei, sou um chato convicto. E muitas vezes acusado de só olhar para o pior das coisas. Paciência. Estas acusações eu encaro como efeito colateral mínimo diante da minha obrigação jornalística de escrever a verdade. Ou, na pior das hipóteses, falar daquilo que eu considero como verdade.

 Mas vamos lá. Todo este preâmbulo para dizer que eu sempre fui contra a permanência de Rosilene Gomes na Federação Paraibana de Futebol. Presidente há 25 anos, ela não adicionava nada ao esporte. E ainda vivia envolta a uma série de suspeitas e problemas que, na pior das hipóteses, não lhe credenciavam a permanecer no cargo. Escrevi e falei sobre isto durante muitos anos de minha militância como jornalista e não mudo esta posição agora. Continuo querendo vê-la longe da Federação Paraibana. Uma entidade privada, como os cartolas gostam de alardear, mas de interesse público. E que rege na Paraíba uma das principais riquezas imateriais do país: o futebol. Mas aí, chego à segunda parte de meus argumentos. Apesar de toda a oposição que tenho a Rosilene, sou obrigado a registrar que já vejo com muita preocupação os rumos da Federação Paraibana de Futebol que hoje é gerida pelos interventores que integram a Junta Administrativa. 

Os sucessores da ditadora, nomeada pela juíza Renata da Câmara, da 8ª Vara Cível de João Pessoa, com o objetivo de levar à entidade de volta à legalidade. Pois estes permanecem no cargo e agora “por tempo indeterminado”, a partir de nova decisão da juíza. O que era para ser apenas um período de transição, portanto, já está à beira de se transformar em “estado de exceção”. 

Com líderes ilegítimos do ponto de vista eleitoral dando as cartas na mesma entidade que, como já disse, é de interesse público e que rege uma riqueza imaterial do Brasil. Saiu a ditadora, entraram os biônicos! No melhor estilo triunvirato romano, com três mandando, mas um já se destacando. Sobressaindo-se diantes dos demais pares. Neste caso, Ariano Wanderley, que já vem se apresentando como candidato a presidente e já vem falando em ações para 2016 (mesmo sem ter garantias de que estará no cargo daqui a dois anos). Com todo o respeito que tenho às pessoas envolvidas, apesar das boas intenções que acho que existe por parte da juíza e de Ariano, isto não está certo. Um grupo não pode permanecer no poder sem eleições. 

Mesmo que seja para evitar um mal maior. Mesmo que seja para aposentar Rosilene Gomes. Convoque-se uma reunião, renove-se o estatuto, traga-se de volta a legalidade e faça-se logo uma nova eleição. Pelo bem da democracia. Pelo bem da transição. Pelo bem da seriedade. Para que possamos cada vez mais aplaudir os sucessores de Rosilene e cada vez menos encontrar similaridades entre ambos. Por favor, que se faça tudo isto com a urgência que o caso exige. E já que estamos pegando emprestado termo de vários momentos políticos da humanidade, aí vai outro: Diretas já urgente, camaradas.

Perpetão
Esta semana tive a oportunidade de passar bem próximo ao Colosso das Capoeiras e pelo visto, a obra de construção do novo lance de arquibancadas vai andando bem. Uma parte já foi concluída e a outra está bem próxima do fim e com isso o sonho dos desportistas e imprensa esportiva local vai se tornando uma bela realidade, tem mais, está ficando belíssimo. A pergunta que me faz calar é: “Será que vamos ter time para levar o torcedor a lotar os dois setores de arquibancadas do Perpetão?” Com a resposta…  

BOLA DENTRO
Para a atitude do secretário de esportes, Bruno Albuquerque, quanto à proibição, dos treinos de fim de tarde, lá no Estádio Higino Pires Ferreira. Alvo de críticas, o campo de jogo desta praça necessita de cuidados, sendo assim fechar é o melhor caminho. NOTA 10!

BOLA FORA
Para aqueles que nos criticou quando defendíamos o “zelo” pelo Estádio Higino Pires Ferreira. Agora veio a resposta. Campo fechado para os treinamentos, isso pela precariedade do então gramado. NOTA 0!

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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