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José Antonio

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Dom Francisco de Sales

12/06/2016 às 19h10 • atualizado em 14/06/2016 às 19h14

Dom Francisco de Sales: “EU ESTOU NO MEIO DE VÓS COMO AQUELE QUE SERVE”

Em 1915, o primeiro bispo de Cajazeiras para assumir os destinos da Diocese recém criada, teve que utilizar três meios de transporte: num navio do Porto de Cabedelo na Paraíba até o de Mucuripe no Ceará, num trem de Fortaleza até Iguatu e desta cidade até Cajazeiras percorreu 40 quilômetros a cavalo.

Dom Moisés governou durante 17 anos: chegou em 1915, ano de uma grandiosa seca e se despediu da cidade em 1932, também considerado como um ano da maior seca já vivida na cidade. Adotou como lema de seu episcopado: teve como lema: Dominus IIluminatio Mea / O Senhor é Minha Luz.

A Diocese, com a transferência de Dom Moisés para a arquidiocese da Paraíba, em João Pessoa, passou quase dois anos “vacante” e no ano de 1934 foi nomeado Dom João da Mata como segundo bispo e era natural de Pernambuco. A história registra que Dom Mata foi considerado durante os seus sete anos (1934/1941), foi um dos mais operosos pastores da Diocese Seu Lema: “Pasce Agnos Meos / Apascenta Meus Cordeiros”. Foi sobre o seu comando que foi realizado o célebre Congresso Eucarístico, em 1939, e é considerado o maior evento religioso já realizado pela diocese de cajazeiras.

Novamente a diocese passou três anos sem bispo e somente em 1945 foi nomeado Dom Henrique Gelain, que veio do Rio Grande do Sul e entre nós passou pouco mais de três anos (1945 a 1948) e por razões de não se adaptar ao clima foi então transferido e seu lema episcopal foi: In Corde Regnes Omnium / Reines no Coração de Todos.

No mesmo ano, em 1948, foi nomeado Dom Luís do Amaral Mousinho e diocese tem no seu comando mais um pernambucano, que passou quase quatro anos (1948 a 1952) e deu continuidade aos trabalhos de Dom Henrique e teve como lema episcopal: Consentire Romano Pontifici / Aderi ao Romano Pontífice.

Já no ano seguinte foi nomeado DOM ZACARIAS ROLIM DE MOURA (1953 ?1990), natural do Ceará, do município de Umari, fato que nunca admitia sequer comentar porque se considerava filho de Cajazeiras e as comprovações da sua posição são as de que nunca recebera os títulos de cidadania de Cajazeiras e da Paraíba. Oportunidades aconteceram, mas nunca quis ser transferido de Cajazeiras para outra diocese e costumava dizer que Cajazeiras ia ter o “prazer” de sepultar um bispo.

Dom Zacarias fez o mais longo episcopado, passando 37 anos a frente dos destinos da Diocese, trabalhador incansável e com visão de um verdadeiro “profeta”, como o chamava Dom Hélder Câmara, plantou na terra do padre Rolim as sementes da educação, que nasceram e frutificaram e Cajazeiras só é hoje “uma cidade universitária” graças a sua persistência e obstinação.

Muitas foram as qualidades deste grande cajazeirense, que se vivo fosse neste dia 13 de junho estaria completando 102 anos de vida e esta terra, como sempre tem sido uma “madrasta” com seus filhos, não reconhece a importância que ele teve para o processo de desenvolvimento desta região. Teve como lema episcopal Veritas et Vita / Verdade e vida.

Com a renúncia de Dom Zacarias foi nomeado Dom Matias Patrício de Macedo, natural do Rio Grande do Norte, cujo pastoreio foi de 1990 a 2000 e teve como lema episcopal: Omnes Habeant Vitam / Todos Tenham Vida. Deu continuidade aos trabalhos de Dom Zacarias e foi indiscutivelmente um excelente pastor, amigo do clero e teve um extraordinário relacionamento com o seu rebanho.

Dom José Gonzalez Alonso (2001/2015), Espanhol de nascimento, naturalizado brasileiro e cidadão cajazeirense, passou 15 anos no pastoreio e foi o responsável pelas brilhantes comemorações do centenário da diocese e seu lema episcopal Fides et Vita / Fé e Vida foi comprido à risca: peregrinou por todo o território da diocese pregando a palavra e com intenso trabalho promoveu ações sociais, valorizando a vida de todo o seu rebanho, além de fazer, com muito sacrifício toda uma reestruturação administrativa da diocese.

Com a renúncia de Dom José, eis que temos um novo bispo: o terceiro pernambucano, da cidade de Araripina e da Diocese de Salgueiro, desta vez um padre religioso, da Ordem do Carmo: Frei Francisco de Sales Alencar Batista e já divulgou qual será o seu lema episcopal: “EU ESTOU NO MEIO DE VÓS COMO AQUELE QUE SERVE” e as suas primeiras palavras aos diocesanos foram: “já vos trago em meus pensamentos e nas minhas orações” e ainda: “já me sinto em casa… somos filhos e filhas deste vasto sertão sofrido onde homens e mulheres caminham animados e sustentados por uma fé simples e corajosa, testemunham quotidianamente o que significa viver esperando contra toda a esperança”. Palavras muito fortes que delineiam o seu pastorado.

Os católicos se rejubilam com a nomeação de Frei Francisco de Sales e rezam para o êxito a frente da Centenária Diocese de Cajazeiras.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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