header top bar

Maria do Carmo

section content

Estimuladores do aprender

30/10/2014 às 17h49

Certa vez alguém andava pelas ruas de uma cidade e ao dobrar a esquinadepara-se com um belo jardim, e entre as plantas uma mulher carinhosamente regava as plantas. Era um trabalho realizado com muito amor, ao deslizar suas mãos nas folhas ajudavam a espalhar a água que descia do regador e deixava gotículas nos botões de rosas que esperavam hora de desabrochar. E assim todos os dias repetiam-se o trabalho  dedicado daquela mulher. As plantas cresciam, as roseiras embelezavam aquele lugar, existindo assim um quê do paraíso, uma singeleza singular produzia uma áurea de infinita paz suavizando as angústias de muita gente que por ali passava. Em meio a tanta beleza não se despertava para alguém tão importante que cuidava daquele espaço de exuberante beleza. Lá estava aquela mulher, razão para a existência daquele santuário natural.

A essênciadesta narrativa é comparada com a missão dosprofessores e professoras que trabalham no jardim da educação. O regador são as ferramentas utilizadas para a aplicação das estratégias visando a mediação da aprendizagem. As águas que rolam sobre as plantas são as informações transmitidasaos alunos através das aulas de cada disciplina e da transversalidade dos temas estudados. As flores simbolizam os próprios educandos que precisam ser motivados para aprenderem e através da assimilação das orientações uma grande massa de jovens são preparadaspara a vida.

Quantos homens e mulheres acordam pela manhã, pegam a sua bolsa de livros e saem para a escola na esperança de cultivarem os férteis terrenos da inteligência do alunado, facilitando a aprendizagem dos mesmos motivando-os para a busca dos conhecimentos, acontecendoa dimensão einfinita do enriquecimento não só no campo intelectual mas também  na preparação para o mundo das profissões e das relações de convivência humana. Já não são mais as gotículas de água que proporcionam vida a estecanteiro de rosas, mas as orientações oferecidas aos aprendizes através dos diálogos, das explanações dos assuntos, das conversações entre educandos e educadores  que a cada aula vai gerando o despertar para conhecer o novo e ao mesmo tempo aprimorar-se  vez através da universalidade do conhecimento. 

Voltando a nossa história. São tantas pessoas que passam naquela rua e admiram aquele jardim, talvez colham algumas rosas, mas nem param para pensar em quem cuida tão bem daquelas viçosas plantas e lindas rosas. Entretanto figura da mulher nem aparece, mesmo sendo a peça fundamental do grande espetáculo natural. Todos os diasela está lá na sua rotina muito feliz. Assim acontece na educação, os educadores estão nas escolas realizando o trabalho educacional,os quais constituem eixos fundamentais no progresso do país.Assim como a zeladora do jardim; são poucos vistos, sãodesconsiderados pela sociedade, direitos são negados pelos governantes e sendo alvo de cobrançase quando algo dá errado na educação,se atribuiaos educadores como somente eles fossem os responsáveis pelo insucesso da mesma.

Mais um dia amanhece, é o início de lutapara a zeladora do jardim. Os educadores e educadoras começamtambém mais uma jornada de trabalho. E quem sabe, um dia alguém vai despertar para admirar não só a beleza dos jardins e flores da educação, mas valorizar também aqueles que preparam o terreno intelectual do alunado, aguando a sabedoria daqueles que precisam desbravar os caminhos do futuro.Professores e professoras colaboradores(as)demuita gente que almeja  a conquista dos verdejantes ideais de esperança e concretude dos sonhos  de uma vida melhor.

É preciso mudança na mentalidade dos segmentos sociais a fim de terem outros olhares para educadores e educadoras,conscientizar-se de que sem os mesmos, não há planta regada isto é, educandos que podem fazer do aprendizado o caminho de preparação no enfrentamentoaos desafios da vida e também contribuir para os avanços do país.Quando se valoriza profissionais da educaçãose exalta aqueles que cuidamda imponência dos canteiros verdejantes e floridos do “saber”.Apesar das dificuldades e frustrações vivenciadas nesta profissão é preciso acreditar que somos importantes e grandes regadores de plantas que não devem murcharem. É neste pensamento que se concentra a gratificação do grande mérito de sermos “educadores e educadoras”.

Professora Maria do Carmo de Santana
Cajazeiras- Outubro de 2014

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: