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Fernando Caldeira

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Fico com Mário de Andrade

13/05/2016 às 21h16 • atualizado em 16/05/2016 às 21h22

Bastidores da Política

Por Fernando Caldeira 

Estou triste como cidadão brasileiro não pelo que aconteceu com a Presidenta Dilma, mas com o que fizeram com a nação! De democrática, passamos à condição de nação bananeira, onde o que vale não são leis, nem regras, nem estatutos…, mas a vontade de uma maioria parlamentar ocasional, ajudada por um judiciário carcomido e uma mídia engajada com o golpe.

Aos golpistas que “venceram” e aos verdadeiros democratas “derrotados” dedico o poema de Mário de Andrade:

O valioso tempo dos maduros

“Contei meus anos  e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo
que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis,
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha  alma tem pressa.

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!”

Mário de Andrade

ARREMATE

Pois é, infelizmente nossos apelos não tiveram ressonância junto a bancada de senadores da PB. Todos os três votaram pelo impeachment da Presidenta Dilma Rousseff.

Tomara que seus votos não sirvam para o fim de programas sociais e para a paralisação das obras de transposição do São Francisco.

Que, ao contrário, sirvam para a PB conseguir um ramal da Transnordestina, a conclusão das obras de dragagem do Porto de Cabedelo, a duplicação da BR-230 até Cajazeiras, entre outros.

Por enquanto fica a perplexidade de ver um Cássio Cunha Lima, que teve o pai cassado na ditadura, e também ter sido cassado, agora se prestando a esse péssimo exemplo na democracia; de observar um José Maranhão, também cassado pela ditadura, hoje ser verdugo da soberania popular; e de observar um Raimundo Lira, senador sem ter tido um voto sequer, achar-se no direito de questionar o mandato de alguém com 54 milhões de votos!

A Paraíba do SIM, como se nota, é infinitamente diferente e menor que a Paraíba do NEGO!

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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