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José Antonio

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Impressões de viagens (I); Paris uma cidade para sonhar e se surpreender

27/05/2016 às 11h32

Paris uma cidade para sonhar e se surpreender

Por José Antônio 

Quanto tempo seria necessário para se conhecer Paris, a Cidade Luz? Talvez toda uma vida, por sua história e cultura, que surpreende e encanta. É considerada também como a cidade do amor, pois existe uma ponte onde toda a extensão da grade é coberta por cadeados, para que os casais que colocarem o cadeado ali, fechado, na grade da ponte e jogarem a chave no Rio Sena permanecem unidos para sempre.

A sua riqueza cultural é imensurável e fiquei surpreso ao visitar o Museu do Louvre, inaugurado em 1793 e mais ainda quando vi a mais badalada pintura do mundo: a Mona Lisa (que é extremamente simples), além das numerosas coleções de artefatos do Egito Antigo, da civilização greco-romana e das belas obras-primas numa das maiores amostras do mundo da arte e cultura humanas.

O museu abrange oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente e é o mais visitado do mundo, quando recebe por ano mais de dez milhões de visitantes. São tantas as obras expostas que seriam necessários meses para ver todas elas e observar os seus detalhes e entender o seu significado e importância.

Em cada museu visitado uma surpresa e o Museu des Invalides (Museu da Forças Armadas) é de uma riqueza de detalhes de ficar de boca aberta e fiquei a imaginar o quanto o povo francês dá valor a sua história cultural e de mais alcance ainda a preservação de seus objetos, ao ponto de ter um grandioso museu só para mostrar e contar a história e trajetórias de suas conquistas militares. Este belo Palácio foi construído a mando de Luis XIV, em 1670, para abrigar os inválidos dos seus exércitos hoje abriga um imenso acervo dedicado a História Militar.

Neste Museu dedica-se grande parte a figura mítica de Napoleão Bonaparte e pude constatar ao ver este museu e também ver o motivo, com mais profundidade, o quanto este cidadão foi importante para a História da Humanidade. Os franceses tiveram a capacidade de mostrar a sua importância através da majestade e imponência de seu mausoléu, de suas conquistas e feitos. A parte dedicada a Napoleão é de uma imponência que impressiona, pelas riquezas de detalhes e de imenso acervo, desde a sua ascensão até o declínio e morte. Mesmo depois de morto o mundo ainda se curva diante dele para reverenciá-lo.

Fico a imaginar: enquanto outros povos se preocupam em preservar suas memórias culturais em todos os seus seguimentos, nós cajazeirenses, além da tendência de destruir seu patrimônio histórico e cultural, ficamos cada vez mais distante, quedado e pobre diante do resto do mundo.

Pude viver um momento de muita emoção e fé, ao conhecer e nela assistir uma missa e rezar por minha mãe, foi na Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, lugar também de peregrinação de fieis do mundo inteiro, onde ocorreu a aparição de Nossa Senhora das Graças, cuja história começou em 1813. Neste local passou a ser a sede da congregação fundada por São Vicente de Paula e por Luísa de Marilac.

É nesta igreja que estão a cadeira que teria sido usada por Nossa Senhora da primeira aparição, o relicário com o coração de São Vicente, o corpo de Santa Catarina e as relíquias de Santa Luisa de Marilac, uma das fundadoras da Ordem das Filhas da Caridade.

Na parede esquerda da capela, medalhões lembram dois episódios vividos pelas freiras durante a Revolução Francesa: no primeiro, quatro religiosas são levadas para a guilhotina. No segundo, duas irmãs se preparam para serem fuziladas.

Diante do corpo de Santa Catarina, ajoelhado, fiquei meditando e refletindo sobre a história de nossa terra, e em especial sobre o maior de todos os filhos, de nossa cidade, Padre Rolim, que por tudo que fez já devia ter sido levado as honras dos altares, mas somos tão pobres de espírito e de cultura que não tivemos se quer a capacidade de localizar em que lugar a igreja matriz está sepultado o Padre e desta maneira mesquinha e desprezível as nossas maiores riquezas culturais vão cada vez mais se acabando.

Voltaremos com as nossas reflexões e impressões de viagem.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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