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Fernando Caldeira

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Maranhão: verdadeiro ou ingrato?

14/09/2012 às 21h00

Duas coisas ninguém pode tirar do ex-governador José Maranhão: a lhaneza no trato e a disposição para a atividade política. Nesses dois itens, Zé, como é tratado pelos correligionários, é quase imbatível.

E foi com esses dois atributos que se sobressaem em outros, que Maranhão foi entrevistado em nosso (Célio Alves e eu) programa, nesta última terça-feira, na Rede Tabajara Sat, comandada pelas Rádios Tabajara AM e FM.

Pergunta vai, pergunta vem e a velha raposa, no melhor sentido do termo, esgrimindo com as palavras, pensamentos e opiniões, tentando não derrapar. Foi então que perguntei: “há não muito tempo, quando candidato a Governador do Estado, aqui nesta cidade que agora o sr. deseja administrar, mais especificamente na Lagoa, no Parque Solon de Lucena, o sr. recebeu o apoio pessoal, personalíssimo e presente do então Presidente Lula. Hoje quem recebe o apoio de Lula, agora ex-presidente, é seu concorrente Luciano Cartaxo. Qual a importância desse apoio numa campanha?”

Maranhão tomou fôlego, pensou por alguns instantes e então voltou à esgrima com habilidade de grande campeão. Iniciou afirmando que “todo apoio é bom.” Até aí, nada demais, em que pese estivéssemos tratando não de um apoio qualquer, mas do apoio de um ex-Presidente da República. Surpresa mesmo foi a conclusão da resposta: "mas afinal, o apoio de Lula não me rendeu os votos esperados, porque os paraibanos sabem que as questões da Paraíba, cabem aos paraibanos, exclusivamente.” Com alteração de algumas poucas palavras, foi exatamente esse o sentido da resposta do candidato do PMDB.

Se antes, como apoiado, Zé soltava loas e vivas ao apoio de Lula, hoje, vendo um seu concorrente Luciano Cartaxo recebê-lo, Maranhão tenta diminuí-lo na proporção de “o apoio de Lula não me rendeu os votos esperados.”

É bem verdade que nas duas oportunidades em que Lula veio à Paraíba para pedir votos pra Zé, os votos foram pra Cássio, não pra Maranhão! Nisso ele tem razão. E olhe que Lula estava na ponta dos cascos em termos de popularidade! Nem assim o apoio funcionou a contento. Mas dizer isso apenas hoje, no auge de uma nova campanha, é ser verdadeiro ou ser ingrato?

S O L T A S

*Os comentários de vultuosos gastos financeiros na campanha eleitoral de Cajazeiras deve fazer com que a Polícia Federal dê uma atenção especial à disputa nesse município. A qualquer momento a PF aparece. Aguardem!

*Muitos “analistas jurídicos” de ponta de esquina, decepcionaram-se com o desfecho do imbróglio eleição na UFPB. Deu a lógica; deu a democracia, deu a lista tríplice com os 3 mais votados!

*Aliás, a forma como a reitoria da instituição resistiu ao resultados das urnas até quando pode, sugere que “há algo de podre no reino da Dinamarca!”

*Quem achou que o candidato Carlos Gildemar seria um simples figurante da cena principal, pode quebrar a cara. Seu discurso tem chances de funcionar.

*Uns cruzam os dedos pra que as urnas de Cajazeiras sejam rapidamente inseminadas; outros rezam para que a inseminação demore o quanto puder. É o poder em jogo.

*Domingo é dia de Trem das Onze – 11h.

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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