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Gildemar Pontes

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O Brasil é aqui

27/06/2015 às 22h58

Por Carlos Gildemar Pontes – [email protected]

É muito fácil criticar o Brasil olhando para Brasília. Aécio, Dilma, Lula, FHC são figuras carimbadas na queimação dos desinformados pela mídia e dos ideólogos informados pela mídia. Portanto, a mídia forma e deforma as opiniões expressas nas discussões mais acaloradas das redes sociais e dos bares de toda parte. Quem não tem razão é fácil perceber. Os governistas tapados são tão chatos quanto os oposicionistas tapados. E aí reside um problema ideológico filtrado por uma (falta de) consciência social. Uns elogiam a política das cotas e ignoram os cortes da Educação; outros elogiam a política de gênero e cegam para o arrocho fiscal e para a benevolência com os bancos. Todos se equivocam, porém, em não ver o desastre econômico e o abismo social em que a política recessiva do PT, que dá sequência fiel à política do PSDB, estão afundando esse país. E os dois obedecem ao Banco Mundial.

E nos rincões mais distantes aparecem filósofos e sociólogos de ocasião, que arrotam um conhecimento acadêmico e se engasgam na realidade mais transparente. Há críticos severos do governo que apóiam os piores gestores da região. São os pensadores matutos, o olho crítico enxerga reto ali, mas aqui é vesgo. E há os que apóiam incondicionalmente o governo federal e se enlameiam com os fichas sujas locais. Esses são oportunistas e raposas atrás de galinha depenada.

Aqui, na “Terra do Padre Rolim”, na “Terra da Cultura”, na “Terra que Ensinou a Paraíba a Ler”, e outros jargões adorados no discurso político, é constante ex-prefeitos serem acusados de desvio, roubo, peculato, “xexo”, favorecimento e outros crimes contra a cidadania. Alguns são processados e condenados a devolver o que desviaram. O que mais espanta ao mais incauto dos inocentes é que há muita gente que idolatra os que roubam, os que massacram e tratam o povo na base das migalhas. São cúmplices de crimes contra toda uma cidade. A falta de investimentos que se vê aqui e a bajulação da mídia amestrada e comprada para falar bem ou para impedir que se critique, mostra o nível dos políticos que temos. E os que defendem devem estar muito bem aquinhoados pelas benesses do poder. 

A Polícia Federal está em Cajazeiras cumprindo mandato de busca e apreensão de documentos e bens, e prisão de acusados de integrar uma quadrilha de estelionatários e fraudadores do dinheiro público. A população está nas ruas comentando e se indignando de como é possível se roubar tanto, viver tão bem e o povo trabalhando duro, ganhando pouco, sem uma rede de assistência educacional e de saúde que resolva, por exemplo, o problema imediato da saúde pública! Parece que isso já é uma transformação que irá ocorrer em breve. Não admitimos mais uma elite se apresentar sempre com a cara de elite para resolver os problemas. A gente tem visto que não resolve. A gente tem visto que os ditos doutores são os que mais se locupletam no poder. 

Não vamos transferir a responsabilidade de mudar para Brasília, quando aqui continua a reinar a incompetência e a improbidade. O Brasil começa na minha rua. O Brasil é aqui.

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

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