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Maria do Carmo

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O Dia da Língua Portuguesa

05/05/2016 às 11h30 • atualizado em 10/05/2016 às 11h35

O Dia da Língua Portuguesa

Por Maria do Carmo

O dia 5 de maio é a data especial de homenagem à Língua Portuguesa fixada através de uma decisão consensual no 14º Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP) em Cabo Verde; antes era o dia 10 de junho aniversário de morte do poeta português Luis Vaz de Camões, assim confirma Carla Magalhães do Correio Brasiliense.

Há fortes razões para comemorar tão importante “data” afinal a língua portuguesa é o nosso idioma, o qual possibilita a comunicação, interação, identificação, educação, as conquistas de amigos, de amor e a própria conversa com Deus. Afirma (Dad Squarisi lingüista e editora do Correio Brasiliense), que o português tem Prêmio Nobel de Literatura é o quinto idioma mais falado no mundo e o terceiro entre as línguas ocidentais (lnglês e castelhiano) com cerca de 250 milhões de falantes, sendo 80% falantes brasileiros.

A História de origem da Língua Portuguesa
O latim vulgar fazia oposição ao Latim Clássico utilizado pela classe dominante, pelos filósofos, poetas e escritores. O Latim Vulgar era mais flexível no sentido de permitir a fala coloquial, os dialetos criados pelos falares do povo se deixando influenciar pelas línguas dos territórios conquistados, resultando as Línguas românicas chamadas Romanços, estes, foram se modificando originando novas línguas e consequentemente a língua portuguesa, idioma falado por várias regiões da Ásia, África e América.

A língua portuguesa teve origem no noroeste da Península Ibérica resultante de uma evolução do Latim Vulgar trazido por colonos romanos e outros idiomas do povo conquistado resultando o substrato céltico no século III antes de Cristo. O português arcaico se desenvolveu no século V a, c e após a queda do Império Romano e as invasões germânicas (Bábaras) o dialeto românico, ou seja, o galego português diferenciou de outras línguas românicas ibéricas.

Evolução da Língua Portuguesa
O galego português começou a firmar-se como idioma e identificar-se num padrão mais considerado uma vez que passou a ser usado em documentos escritos. A partir do século IX a língua portuguesa tornou-se uma língua madura e no século XIII constituiu uma rica literatura. Em 1290, através do Decreto do Rei Dom Dinis I foi decretada a língua oficial do Reino Unido de Portugal. No ano de 1536, foi iniciada a normatização da língua com a criação das primeiras gramáticas por Fernão de Oliveira e João de Barros.

Com a expansão marítima a história da língua portuguesa deixou de ser exclusivamente em Portugal abrangendo o português europeu e o português internacional. Em 1990, foi firmado o tratado internacional com o objetivo de criar uma ortografia unificada: o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, assinado por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

A Língua Portuguesa no Brasil
As navegações marítimas possibilitaram a chegada dos portugueses no Brasil em 1500, iniciando assim o processo de colonização e a imposição da língua europeia, ou seja, o idioma português. Obviamente já existia uma língua falada pelos habitantes indígenas chamada Tupinambá – língua literal brasileira da família tupi-guarani.

Segundo a história, a princípio os jesuítas propunham a difusão da língua tupi-guarani sendo impedida pela Provisão Real e suplantado o tupi pelo português em virtude da grande presença dos imigrantes da metrópole portuguesa. Em 1759, a expansão dos jesuítas tornou o português definitivamente o idioma do Brasil.

O vocabulário da língua portuguesa no Brasil é constituído de palavras tanto da língua Tupi (do nativo) como existem palavras do francês, do holandês povos que vieram para o Brasil no período das invasões estrangeiras, existindo também uma forte presença do vocabulário asiático (dos escravos), palavras do vocabulário italiano estão presentes nossa língua portuguesa brasileira e atualmente a influência de um bom número de palavras da língua Inglesa as quais são incorporadas ao português com escrita e pronúncia portuguesa sendo chamadas “palavras aportuguesadas”.

A grande dimensão territorial do Brasil, as diferenças econômicas, sociais e culturais colaboraram para a existência de duas variantes linguísticas faladas no país. A modalidade Padrão registrada nas gramáticas o que não deixa de ser a língua da classe dominante, da classe mais instruída e a variante popular falada pelo povo que não dispõe de muito conhecimento da norma culta.

Esta complexidade da Língua portuguesa falada no Brasil caracteriza a flexibilidade da mesma, embora exista uma forte presença do preconceito lingüístico entre quem (mais ou menos) conhece e emprega a norma padrão e os falantes que desconhecem tal norma e falam despreocupadamente, inserindo também palavras e expressões do cotidiano no caso das gírias.

Marcos Bagno, professor da Universidade de Brasília, condena o uso da língua como forma de domínio entre as classes sociais.

“É preciso estar sempre alerta para não acontecer o controle social por meio da linguagem. As relações sociais devem ser democráticas e igualitárias”. Salienta Bagno,”Não faço oposição entre norma culta e coloquial. Tento fazer as pessoas verem que as relações são complexas e a língua faz parte da identidade”. A escritora e professora Lucília Garcez exalta a unidade do idioma nas terras tupiniquins, a literatura e a música popular brasileira fortalecendo o sentido de comemorar o Dia Nacional da Língua portuguesa no Brasil que transcorrerá no dia 5 de novembro, instituído através da Lei Federal 11310 de junho de 2006 homenageando assim aniversário de nascimento de Rui Barbosa, um dos maiores defensor da Língua portuguesa no Brasil.

Professora Maria do Carmo de Santana
Cajazeiras – Maio de 2016

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

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Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

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