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Damião Fernandes

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O Escândalo da Ressurreição!

25/04/2011 às 18h06

Para aqueles que somente acreditam naquilo que pode ser visto ou tocado ou em último caso que seja ao menos “comprovado” pela ciência – como se os postulados cientificos tivessem supremacia teologal em assuntos da fé. Para estes que estão representados na figura do Apóstolo Tomé: “Se eu não vir as marcas dos cravos em Suas mãos e não tocar com a mão em Seu lado, não acreditarei”, há uma resposta adequada para cada um deles.

Este Apóstolo buscava um motivo racional palpável para crer que Jesus já não estava morto. Mais que isso, que havia Ressuscitado. Para Tomé, a ressurreição de Cristo, não era possibilidade palpável em sua estrutura de homem crente, de Apóstolo zeloso ou até mesmo de seguidor coerente. Que ideia-imagem esse homem tinha do Mestre? Não sei. Talvez nunca saibamos. Mas uma coisa é certa: Tomé precisou passar por um processo de “reacreditar no seu mestre, no Homem-Deus”.

Para os “Tomés” de hoje e para os de todos os tempos, há uma mensagem imperativa e forte que ecoa daquele sepulcro vazio e daquelas vozes angelicais: "Cristo Ressuscitou! A pedra foi removida, o sepulcro está vazio!". Esse “é um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével" [Bento XVI].

Para os “Tomés” de hoje e para os de todos os tempos, a Ressurreição de Cristo é fato e não Especulação. “O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja, que traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos.” [Bento XVI].

Para tantos, este eco, este acontecimento histórico é algo difícil de “compreender " – visto que, somente com a total adesão do coração é possível fazer-mos a experiência como o Cristo Ressucitado, transpassado pela lança. Enquanto isso não acontece, "a compreensão" torna-se cada vez mais distante. Para algumas mentes e corações, a ressurreição de Cristo não passa de uma fáluba mitológica com o simples intento de fundamentar uma crença qualquer, uns “devaneios místicos”. Assim como a morte, a ressurreição de Cristo também representou e ainda representa uma escândalo para os céticos atuais.

O escândalo da ressurreição já existia na Grécia do tempo de Paulo. Alguns recusavam a idéia da ressurreição e preferiam ver a vida eterna como uma mera participação mística. Mas Paulo mostra como a ressurreição corporal do Cristo é a base de nossa fé: “quando ouviram falar de ressurreição dos mortos, uns zombavam e outros diziam: “A respeito disso te ouviremos outra vez” [Atos 17,32].

Neste grande escândalo – o da Ressurreição de Cristo – tenhamos a mais profunda e convicta certeza: Ele está vivo! Ele venceu a Morte! Ele manteve a sua promessa e superou todas as expectativas. Aquelas do Apóstolo Tomé e de todos os outros.

Por isso, mesmo caminhando no cotidiano de nossas vidas entre risos e lágrimas, entre alegria e sofrimento. Pois assim é feita a nossa realidade terrena. Não percamos jamais a esperança, pois Cristo, o homem-Deus que foi esmagado e triturado pela dor e pelo sofrimento, está vivo e radiante e a sua Luz que nos alcança, dissipa em nós todas as trevas e sombras.

A todos, uma Feliz e Santa Páscoa!

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

Contato: [email protected]

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

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