Os alicerces de Agra

Em que pesem as dúvidas que recaem sobre pesquisas de opinião pública na Paraíba, não duvido que a administração Luciano Agra (sem partido) tenha algo em torno de 70% de aprovação em João Pessoa. Aliás, em “pesquisa promovida com todos os prefeitos de capitais do Brasil,” segundo informa o portal Wscom, “Luciano Agra é o 4° melhor prefeito avaliado do País acima do Rio.”

Bem, mesmo sem entender por que a separação do Brasil entre os prefeitos abaixo e acima do Rio, regozija-nos saber que o arquiteto o professor Agra seja bem avaliado. Certamente, muito desses índices positivos devem-se à performance pessoal do ex-vice-prefeito, hoje alçado à condição de chefe do executivo. Contudo, impossível desconhecer ou passar ao largo de que, muito desses índices, também, devem-se a seu antecessor.

Luciano Agra é prefeito há dois anos, aproximadamente, tendo sucedido alguém que havia sido reeleito dois anos antes com votação consagradora, porque merecedor do reconhecimento popular pelos quatro anos que cumpriu integralmente a partir de 2004, sua eleição de 1° mandato.
Em outras palavras, Agra sucedeu uma administração consagrada nas urnas por duas vezes consecutivas e, me parece, não sem motivo. Afinal, não se consegue uma eleição e, consecutivamente uma reeleição, sem motivo, sem ser pela vontade popular.

Assim, é fácil perceber que, aliado à competência do atual gestor, muito do que se apura hoje de positivo na gestão municipal da capital paraibana, é fruto das sementes plantadas desde 2004 pelo programa socialista de Ricardo Coutinho. Desconhecer isso, é negar o óbvio. É enxergar apenas parte da história, não a história toda!

As medidas saneadoras tomadas por Ricardo no início do projeto, a partir de 2004, ainda que amargas, tal qual as tomadas agora quando Governador do Estado, é que proporcionaram um caminho livre para a implantação de uma gestão que privilegia o coletivo ao grupal, calcadas principalmente no orçamento democrático, outra criação do ex-prefeito.

Agra tem, sim, valor administrativo nos índices positivos de avaliação da atual gestão. Mas seus alicerces, sem dúvida, foram construídos num passado em que Ricardo era o prefeito e Agra seu secretário. Os alicerces para os índices hoje de Agra, portanto, têm nome: Ricardo Coutinho.

S O L T A S

*Eleição em JP completamente embolada, sem definição de quem vai ao 2° turno.

*Com o pedido do MPE de cassação do registro de sua candidatura por conduta vedada (contratação em excesso de servidores sem concurso) o candidato a reeleição em Cajazeiras, Carlos Rafael, perde o discurso de Ficha Limpa.

. Aliás, discurso que já não pertencia ao seu candidato a vice, Adjamilton Pereira, que responde a ação de improbidade administrativa na 8ª. Vara da Justiça Federal, em Sousa.

*O que produziu em benefício da região o dep. Vituriano com sua postura radical contra o governo? Um mandato se mede por realizações e não votos contra!

*O PT que arrota ética na política está com as barbas de molho. O mensalão existiu e o partido, incluindo Lula, sabia de tudo!

*Domingo tem Trem das Onze – 11h.
 

Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]