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José Antonio

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Os filhos das drogas

27/02/2015 às 21h12

Sem controle. Absolutamente sem controle. A luta da sociedade contra as drogas tem se constituído num retumbante fracasso. As famílias estão desprotegidas e desamparadas, sem forças e angustiadas. 

O triste de tudo isso é que os adolescentes estão conscientizados e preocupados com o perigo das drogas, e, lamentavelmente, parece que nossas autoridades Municipais, Estaduais e Federais não levam o assunto a sério, apesar de toda a justificativa que apresentam sobre o tema, como se fossem pessoas que, verdadeiramente encaram a questão das drogas e do álcool com seriedade.

Diante da força brutal dos traficantes, as famílias vêem esvair-se de seus lares os seus filhos, que dominados pelo craque, passam a ser filhos adotivos dos traficantes.

Quantos jovens não já foram “roubados” do seio das suas famílias e hoje, sob o domínio total do tráfico, vivem nas sarjetas, nas calçadas e nas profundezas escuras da vida?

Um triste e tenebroso fato me chamou a atenção esta semana ao ver mais um jovem de 18 anos crivado de balas e a informação é a de que este bárbaro crime estaria ligado ao mundo das drogas. Perdermos a conta de quantas pessoas, ligadas ao mundo das drogas, foram vítimas e já cometerem crimes em nossa cidade.

No rol dos presos e condenados em nosso município a maioria, infelizmente, é por crime de tráfico e vale ressaltar que existe uma parcela grande de mulheres envolvidas nesta questão.

Recentemente um brasileiro foi fuzilado no exterior por ser traficante. Não defendo a pena de morte para qualquer tipo de crime, mas enquanto a sociedade brasileira não pressionar o Congresso para elaborar Leis mais duras para os traficantes, vamos continuar assistindo cenas cruéis e terríveis e a destruição das nossas famílias e não só as que vivem abaixo da linha de pobreza, mas o que se tem visto é que as drogas têm invadido os lares de todas as camadas sociais.

Conheço famílias que estão totalmente desestruturadas, sem forças, sem coragem e sem condições de superar o drama dos filhos que vivem no mundo das drogas e algumas que têm condições financeiras tentam a todo o custo e com muito sofrimento convencer os filhos a realizar tratamentos.

Conheço uma família, cuja mãe, está com calos nos joelhos, de rezar tanto para que o filho possa sair deste inferno e tem sido a oração e o sacrifício que têm amparado e diminuído o seu sofrimento, na tentativa de trazer o filho de volta para o seio da família.

Por que um perigo de tamanha magnitude comumente é ignorado em nossa sociedade?

De um adolescente: “Acabei por me tornar um sem abrigo a viver nas ruas e a dormir numa caixa de papelão, a mendigar e a lutar para encontrar meios de conseguir a minha próxima refeição.”

Algumas tentativas já foram feitas no município de Cajazeiras no sentido de criar abrigos para tratamento de viciados, mas todas foram de água abaixo.

Na realidade, talvez seja muito mais fácil combater o mal pela raiz, que está no tráfico, do que na cura dos viciados, mas precisaríamos iniciar uma verdadeira guerra e dela não somente as autoridades deveriam participar, mas toda a sociedade brasileira.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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