Pra onde caminhamos?

Já vai longe o tempo em que podíamos desfrutar a brisa do fim de tarde com cadeiras nas calçadas para colocar o papo em dia, ou juntar os vizinhos da rua, com fogueira, quentão e tudo, para festejar Santo Antônio, São João e São Pedro. Restam daí apenas memórias de eu em São Paulo.

Seja na capital paulista ou mesmo João Pessoa e até Cajazeiras, hoje as pessoas pensam duas vezes antes de aproveitarem nas ruas a brisa da tarde e os festejos juninos. É que o mundo mudou e, no item urbanidade, para pior. Bem pior!

E não me digam que são os órgãos de segurança que estão falhando. Não, nós, a humanidade, é que falhamos. Nós pais, nós filhos, nós irmãos, nós primos, nós amigos, nós sociedade,…! O consumismo desenfreado do mundo atual onde o que vale é ter cada vez mais, a permissividade abusiva no uso da liberdade cultural, de imprensa, sexual, econômica, social, etc, fizeram desta sociedade uma presa de si própria. Pois é dela que saem jovens inimputáveis desejosos de grana, de carros, de notebooks, de Ipads e outras bugigangas mais da modernidade, que só o estudo e o trabalho podem proporcionar. Mas, em regra, estudar, quando se consegue, é ruim e trabalhar, quando se encontra trabalho, também.

Junte-se o bombardeio midiático todos os dias na cabeça das pessoas ofertando o que elas não têm e gostariam de ter e a impossibilidade de vir a terem, e teremos uma equação que justifica a produção em série de delinquentes e marginais, como acontece atualmente no Brasil.

É esse consumismo e essa permissividade que levam seres humanos a queimar vivos dois dentistas em São Paulo porque suas contas bancárias tinham pouco dinheiro para roubar. É por eles que todos os dias se matam pessoas que iam ou voltavam da escola ou do trabalho. É por esse desregramento atual de nossa sociedade e pela ânsia infinita de saciar seus desejos que, por exemplo, uma mãe planeja e encomenda a morte do filho de 11 anos cujo pai, doente mental está internado, e que a flagrou beijando o amante e carrasco.

Estamos voltando ao tempo da barbárie, onde cada qual fazia o que bem entendia, quando queria, como queria,…, sem precisar dar explicações a seu ninguém! A vida em sociedade está se tornando cada vez mais perigosa, porque os seres que a compõem estão cada vez mais consumistas, permissivos e, assim, perigosos. Como bem disse o Dalai Lama, “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.”

S O L T A S

*O senador Vital Filho está de parabéns por ter apresentado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, proposta para o perdão das dívidas dos agricultores nordestinos de até 35 mil reais. Espera-se a aprovação da Câmara e sanção da Presidenta Dilma!

*Uma das primeiras figuras que conheci ao chegar pela primeira vez em Cajazeiras foi João de Manezinho. Pro céu levou alegrias e pra nós deixou saudades!

*Concordo com a juíza Adriana Lins: “o Bolsa Família escraviza a população.” É isso mesmo!

*Os médicos que são contra a 'importação' de médicos para áreas carentes desses profissionais deviam nelas prestar serviço! Por que não o fazem?

*Domingo (9) o pré-candidato a deputado Gildemar Pontes (PSOL) é o entrevistado do Trem das Onze.

Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]