Precisa-se de Médicos

Se estivéssemos nos tempos idos, quando as indústrias e os comércios anunciavam vagas em seus estabelecimentos com as famosas placas “precisa-se de….”, ou “há vagas de….”, poderíamos imaginar nossas prefeituras do interior do Nordeste expondo: “precisa-se de médicos.”

A coisa é muito simples de entender: o Curso de Medicina é, ainda, um curso elitizado. Nele só ingressam, em regra, alunos de classe média alta para cima. Porque? Por que são jovens que não precisam trabalhar para se sustentar e, assim, podem se dedicar exclusivamente aos estudos, inclusive com os famosos cursinhos, tendo muito maior chance de serem aprovados nos concorridos vestibulares de medicina.

Prova está que, no mais concorrido curso de medicina do país, o da USP, em São Paulo, os carros que mais se vêm no estacionamento da faculdade são os importados. E não são de professores não, são de alunos de medicina! São os filhinhos de papai, como se chama! Tal constatação é uma regra no Brasil inteiro. Com raríssimas exceções, estuda medicina quem pode!

Ora, esses jovens de famílias ricas vão se formar em médicos e não querem exercer suas atividades em cidades do interior, que poucos atrativos de vida têm. Preferem capitais, cidades praianas…, por motivos óbvios. Assim, os rincões interioranos, principalmente do Nordeste, a região mais pobre do país, vai ficando cada vez mais órfã de médicos. Com certeza somos a região com menos médicos por cada grupo de mil pessoas, no Brasil. Então, precisa-se de médicos, sim senhor!

Daí porque entendo justa e coerente a proposta da Frente Nacional de Prefeitos e da Associação Brasileira de Municípios para que o Governo Federal promova uma “chamada internacional de médicos” para trabalhar no Brasil. Afinal, a saúde não pode esperar que nas recém criadas faculdades do interior do Brasil, e Cajazeiras é um exemplo disso, sejam aprovados os filhos dos pobres, para que então tenhamos a esperança de estar formando médicos para nós mesmos. Isso leva tempo e, repito, a saúde não pode esperar!

A chamada internacional de médicos faz-se necessária até que os rincões estejam a “produzir” sua própria mão-de-obra médica. Até lá, precisamos de médicos sejam eles angolanos, russos, cubanos, americanos, bolivianos…, seja de que nacionalidade forem. Daqui ou de lá, o que precisamos é de profissionais médicos.

S O L T A S

*Sem contestar que já apoiou Zé Maranhão numa disputa com Cássio Cunha Lima, o radialista Fabiano Gomes, contudo, afirma que nos momentos mais difíceis de sua vida pública, esteve ao seu lado, e portanto não se considera, como alguns o vêm, um estranho no ninho!

*A prefeita Denise Oliveira não só por direito, mas também por falta de nomes em seu grupo político, será candidata a reeleição. E nessa condição, precisa saber agradar a gregos e troianos. Caso contrário, engorda o palanque da oposição!

*Se vc. fosse votar hoje, quem seria seu deputado estadual? Antônio Vituriano, Zé Aldemir, Jeová Campos, Fabiano Gomes ou Ivanildo Dunga? A enquete está no ar, vote: www.fernandocaldeira.com.br

*”Falta de tempo” foi ótima!

* José Gonzaga Sobrinho (DECA). Taí um nome excelente para representar a região do Alto Sertão na Câmara Federal!

*Domingo tem jornalismo sério. Domingo tem Trem das Onze! 11h, não perca!!!!

Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]