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Maria do Carmo

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Professores e professoras: Protagonistas no palco da educação

07/04/2014 às 15h27

“Educar” – verbete da língua portuguesa que significa: promover o desenvolvimento da capacidade intelectual, moral e  física de alguém ou de si mesmo”. No ato de educar dois elementos fundamentais estão presentes: um que ensina  e o outro que aprende. O primeiro trata-se do professor que na pedagogia moderna, é considerado um facilitador dos caminhos nos quais enveredam o conhecimento, base da transformação daqueles que almejam vislumbrar novos horizontes.

É indiscutível que o trabalho do educador é laborioso, a começar pela preparação das aulas visando alcançar os objetivos traçados. Quantas horas são consumidas nos estudos das teorias e reflexões de como transmitir as informações  de forma adequada às necessidades da realidade da classe. É nesta atmosfera envolvente, que o professor delira na busca do aprimoramento do conhecimento a fim de realizar uma boa aula que venha trazer algo enriquecedor para o alunado e de  se auto afirmar como bom profissional.

Não obstante, que nos dias atuais, o trabalho dos professores não se resume somente no repasse de conteúdos, mas entender as diversidades existentes na sala de aula, por exemplo: alunos problemáticos vindos de famílias desajustadas onde  os pais desconhecem o seu verdadeiro papel de serem os primeiros orientadores de seus filhos, jogando todas as responsabilidades na escola e principalmente nas costas do professor, que em certos momentos passa a ser psicólogo, pai e mãe dos seus alunos tentando contornar comportamentos inadequados resultantes de fatores emocionais   que afetam a capacidade de assimilação dos mesmos.

Sem sombra de dúvida, o exercício do magistério tem uma dimensão grandiosa; são das escolas que saem cidadãos e cidadãs preparados para atuarem na vida, nas profissões, na política, no campo artístico e religioso. Esta conquista se deve ao trabalho incançável do professor, estimulador da inteligência dos seus educandos fazendo assim o mesmo, trabalho do ourives lapidando um rubi para transformar em importante joia.

Por mais que haja recursos tecnológicos o que é muito inovador na aula, de certa forma, eles auxiliam numa prática educativa atualizada, afinal a tecnologia é uma descoberta da modernidade   que   já faz parte da nossa vida sendo necessário aprender a lidar com a mesma. Entretanto  a presença do professor na sala de aula é necessária, porque é dele que parte o direcionamento de qualquer situação de aprendizagem mesmo   aquela  ligado a informática, precisa da ação do professor, ninguém aprende sozinho.

Por outro lado, também  só  um ser humano  entenderá outro ser humano; a máquina oferece conhecimento técnico, mas  os sentimentos e reações emocionais das pessoas só serão compreendidas por outro ser humano nesta realidade, a figura do professor é de fundamental importância, no entanto, isto não é percebido e nem valorizado.
Parece tão simples ser professor, mas na verdade  há uma grande nobreza no exercício dessa profissão. No livro “Os  Sertões” de Euclides da Cunha está escrito:” o sertanejo é antes de tudo um forte” parodiando esta frase, se diz :”o professor é antes de tudo um forte”, além do trabalho árduo ele ainda precisa está preparado emocionalmente suportando os deboches, discriminações e  desprezo que a própria sociedade desconhece o sua  importante contribuição no crescimento da mesma.

Como diz o adágio popular “ainda resta uma esperança”. É bom pensar assim. Sem querer fazer apologias religiosas, mas se espelhando no exemplo do grande mestre da humanidade, refletindo a lição de humildade e coragem do mesmo, que não baixou a cabeça diante das dificuldades e humilhações, lutou pela justiça e propagou o seu ideal. É preciso que o educador seja forte para não  se tornar massa de manobra,  conhecer os seus direitos,  lutar por eles e se valorizar  na realização de seu trabalho.    Afinal  a peça fundamental do processo educacional é o professor ou a professora.

Existem aqueles que enobrecem o trabalho do educador (a), o próprio Rubem Azevedo afirma que: “ensinar é o exercício de imortalidade, continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra, professor assim não morre jamais”. Como nossas almas são suavizadas embalsamadas de perfumes e as nossas fisionomias manifestam sorrisos inocentes de uma criança em saber que ficaremos eternos na vida de tanta gente?.

E assim, vai passando aquele bom semeador que sabe preparar e fertilizar o terreno da mente humana, lembrando que desde a germinação até a produção de um novo fruto depende de nós. Se a nós professores nos é dada esta bela missão por que não nos orgulharmos de sermos bons lavradores deste importante  solo?

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

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