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Gildemar Pontes

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Se eu fosse o Lula

08/04/2018 às 09h05

Se eu fosse o Lula, logo no seu primeiro ano de governo, teria guarnecido as fronteiras do Brasil para evitar o contrabando de armas, drogas e produtos ilícitos que não gerassem impostos para o país. E, nessa direção, fortaleceria a indústria bélica, naval e a Embraer, uma das mais qualificadas do mundo e teria comprado os caças que precisávamos com urgência, visto que os “mirage” comprados na França, estavam caindo de velhos;

Se eu fosse o Lula, sabendo onde estava entrando, com uma herança maldita de Sarney, Collor e Fernando Henrique, chamaria os deputados e senadores e pediria gentilmente que devolvessem tudo que subtraíram da nação. Depois, como um bom governante, daria opção de eles trabalharem para se redimir dos seus erros ou irem para prisão, onde, com trabalho obrigatório, custeariam cada centavo que o Estado investisse em suas permanências nos presídios. Caso não aceitassem a proposta, criaria uma força tarefa para julgar (com base nos ilícitos cometidos), condenar e prender, mas sem direito a arrependimento posterior, cadeia em todos os corruptos;

Se eu fosse o Lula, com o capital político e social que conseguiu juntar durante sua jornada de peregrino por todo esse país, proporia um pacto com os empresários, empreiteiros e banqueiros. Para cada emprego com carteira assinada gerada e pagamento dos impostos em dia, abriria uma linha de crédito para investimento que pudesse gerar mais benefícios ao trabalhador. Aos poucos, substituiria as bolsas compensatórias em empregos, substituindo a humilhação do atestado de pobreza pela dignidade do trabalho;

Se eu fosse o Lula, teria feito as Olimpíadas a Copa do Mundo, os jogos Pan-americanos, tudo o que fosse necessário para fortalecer o esporte no país, só não entregaria nas mãos de quem entregou, porque, como dono da casa, eu saberia quem é quem e já teria colocado os corruptos na cadeia. Teria prestação de contas mensal e exposição em todos os meios midiáticos para que o povo todo ficasse acompanhando os resultados;

Se eu fosse o Lula, as TVs, rádios, jornais estatais ou com capital do Estado fariam o que a Globo, a Record, o SBT… fazem, mas com muito melhor qualidade. E deixaria bem claro que canal de tv só funciona porque é uma concessão do Estado;

Se eu fosse o Lula, os Sarney, Maluf, Cunha, Renan, Temer, Barbalho et caterva e toda a escória da política teriam tido apenas duas escolhas: 1) servir a nação como políticos sérios ou 2) trabalhar com a farda de presidiário contribuindo para o engrandecimento do país, construindo açudes, abrindo estradas, pintando prédios públicos e consertando ruas… e ainda faria a eles uma homenagem rebatizando os presídios de Sarney, Maluf…

Se eu fosse o Lula, fazendo o que eu penso, jamais iria preso por uma justiça fraca, covarde e (salvo raras exceções) cheia de ratazanas como é a justiça brasileira;

Eu, Lula, me encantaria com o poder, sim, pelas viagens, por conhecer tantos líderes do mundo, por discursar na ONU, por ser reconhecido como alguém que fez dos programas sociais a salvação de tantos pobres, por ter feito crescer universidades, escolas, oportunidades… Eu teria orgulho de ter sido o melhor presidente da história e jamais seria importunado por um juiz perseguidor, seletivo e vergonhosamente a serviço de um partido, suspeito de servir a outro país, o que o torna traidor, como é esse tal de Moro.

Bem, tudo isso eu faria se fosse o Lula. Mas, como não sou, se me fosse perguntado “o que faria?”, eu diria, vá embora, peça asilo político e denuncie nos tribunais do mundo como a corrupção se entranhou na justiça, no legislativo e no executivo brasileiro. E nunca mais faça acordo com qualquer um desses que estão rindo da sua inocência.

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

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