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Maria do Carmo

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Seleção brasileira de futebol entre os olhares realistas e futuristas

16/07/2014 às 16h48

É nítida a precariedade da Seleção Brasileira de Futebol,  está precisando de umas sacudidas urgentes, do ponto de vista técnico de toda a equipe percebe-se que está deixando a desejar e se arrastando em relação à outras seleções dos países que participaram da copa 2014.

Os avanços do mundo moderno fizeram com que a velocidade do conhecimento chegasse rapidamente também no futebol, é claro, por se tratar de uma modalidade esportiva perigosa e ao mesmo tempo importantíssima no mundo inteiro, não se escurece a necessidade de um trabalho interdisciplinar da equipe técnica a fim de preparar os jogadores. Foi isso que funcionou na equipe alemã.

O tempo de se comandar um time através do grito, de puxões na camisa de empurrões e  às vezes até palavras grosseiras, “já era”. O certo é que enquanto a equipe técnica da nossa seleção nem despertavam para as mudanças do mundo lá fora, “estavam deitado em berço esplêndido” pensando que ainda eram “os feras” do futebol    uma nova visão de se fazer futebol pairava no intelecto do grupo integrante das outras seleções e porque não dizer da Comissão Técnica da Alemanha.

Está na hora de agregar ao que já existe de bom, algo novo e extinguir o que é prejudicial, senão forem tomadas outras atitudes o futebol brasileiro poderá ser enterrado  e não é isso que se quer. Não se pode negar que o técnico da nossa seleção precisava ser mais antenado e conhecedor das inovações a fim de realizar um trabalho atualizado com toda a equipe, por isso uma boa capacitação seria imprescindível, ele é “o cabeça” da situação, para tanto  seria necessário um conjunto de orientações a fim de  saber lidar com as diversidades do ser humano, das transformações que está em volta do mesmo conciliado  à técnica esportiva resultando nos bons profissionais. Em um contexto geral, é preciso se ter em mente que os comandos de um técnico no campo são diversificados e a as exigências do mundo atual está cobrando mais habilidades para o sucesso  da competição.

A estratégia de preparar somente alguns jogadores não funciona mais, que venham técnicos de visão globalizada, mesmo preparando  os cracks é preciso que toda a equipe  esteja preparada: por trás de um  grande crack há o esforço e o empenho de todos os que atuam no campo para isso é necessário as orientações e os bons treinos. È falta de sabedoria centralizar a responsabilidade só em um, quando o trabalho é em equipe. Se analisarmos do ponto de vista psicológico se torna constrangedor para os demais integrantes do grupo o fato de uma luta em conjunto e apenas “um” é “o famoso” é o “forte”.  Neste contexto também  deve salienta que sejam treinadas além da equipe titular uma equipe paralela os jogadores do banco de reserva devem apresentar as mesmas habilidades a fim de acontecer prejuízos em caso de substituição.

É preciso considerar que o ser humano é falível, a qualquer momento pode acontecer motivos que o impeçam de continuar uma luta e no contexto futibolístico isto se torna mais previsível. Pensar que um ou dois não vai sair, é falta do bom uso da inteligência.  A saída do Neymar, mesmo se entendendo que ele não evitaria a derrota da seleção, ficou claro que houve falhas da equipe técnica, não precisava ser grande estudioso da psicanálise para ver que o episódio acontecido com o Neymar provocou um grande choque nos outros jogadores, imaginem  principalmente em quem iria ser o seu substituto? No inconsciente de cada um, sabia que não estavam preparados à altura e isto é normal em qualquer ser humano, a consciência é silenciosa, mas a sua mensagem é muito forte.

Seria bom rever novas linhas de trabalho partindo da base, é chegado o momento da reestruturação das escolas dos clubes objetivando o bom treino para os futuros jogadores, vale salientar também que é necessário a educação como eixo deste processo de crescimento  no campo esportivo. O  observa-se atualmente,  que nos discursos orais de certos jogadores há ausência da capacidade argumentativa para expressarem o que pensam,  são vazios de ideias, não têm  equilíbrio entre a fama e  a competência passando a ser robôres da zoada midiática. O Brasil é caracterizado por uma sociedade letrada e ser bom jogador é preciso ser também letrado não só nos contextos do mundo esportivo, mas  na complexidade da qual faz parte como um ser pensante.

Uma boa reformulação nas regulamentações internas dos clubes brasileiros a fim de disciplinar melhor a saída dos bons jogadores para outros clubes, seria um dos casos a ser pensado, sabemos que os nossos jogadores são bem pagos nos seus respectivos clubes brasileiros, digamos que entre a classe dos profissionais é uma  das que  se destaca como  bem remunerada neste país. E escolas com treinadores que visem a inovação na orientação dos futuros profissionais esportivos brasileiros.

A Seleção Alemã mostrou competência através da atuação dos seus jogadores, eles estavam preparados “dos pés  à cabeça”, muita coisa funcionou: habilidade, controle emocional, treinamento físico, ética e educação. Tudo isto colaborou para serem considerados “carismáticos” e nos passando boas lições de um profissionalismo refinado no esporte. Os orientais gostam de cumprir regras ou comandos, um simples gesto do técnico era entendido e acatado para resultar no bom sucesso da equipe  são também calmos, tranqüilos às vezes são chamados de frios, mas ficou claro que a educação prevaleceu sobre a técnica ficando o despertar destes atributos para nós brasileiros, a reflexão sobre a prática atual e um chamado para as mudança na classe futibolística brasileira.

Professora Maria do Carmo de Santana
Julho de 2014

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

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Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

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