header top bar

section content

Bolt corre para quebrar seu próprio recorde mundial nesta noite

Jamaicano já conseguiu o tri nos 100m e ainda pode fazer o triple-triple se levar o ouro hoje e nos 4x100m na sexta

Por Campelo Sousa

18/08/2016 às 14h05 • atualizado em 18/08/2016 às 11h01

Usain Bolt tira onda com Andre De Grasse na semifinal dos 200m rasos (Foto: Ernesto Carriço / O DIA / NOPP)

Para quem termina uma semifinal Olímpica rindo, sem qualquer esforço, o tal recorde mundial que veio buscar nos 200m parece bem possível. Usain Bolt já passou pelos 100m, prova que considera mais difícil, e está a caminho da final dos 200m, marcada para esta quinta-feira (18), às 22h30, no Estádio Olímpico. O dasafio de bater sua própria marca de 19s19, do Mundial de Berlim 2009, está lançado, mas Bolt reconhece que não vai ser fácil: “Preciso ser eficiente na curva. Se estiver na raia 6 ou 7, corro mais tranquilo. Mas para o recorde vou precisar que tudo dê certo, que faça uma corrida perfeita.” Ele estará na raia 6. Fez 19s78 na segunda semifinal se poupando no final e cruzando a linha de chegada embolado com Andre de Grasse, que fez 19s80. Bolt, aliás, disse que chegou a ser empurrado e não entendeu por que o rival havia feito isso. Atribuiu o desentendido à idade do canadense, que tem 21 anos. Blake e Gatlin fora do caminho A final não terá dois dos maiores oponentes de Bolt. O jamaicano Yohan Blake completou a prova em 20s13 e disse que não tinha como justificar seu desempenho.

Já o norte-americano Justin Gatlin colocou na conta de um tornozelo lesionado o fato de não ter se classificado para a final.

Em tempo: o próprio Bolt disse não ter se surpreendido com o tempo de Gatlin depois de tê-lo visto correr nos 100m. Os finalistas dos 200m são, da raia 1 para a 8: Ramil Giuliyev, da Turquia (20s09), Adam Gemili, da Grã-Bretanha (20s07), Alonso Edward, do Panamá (20s04), Merritt Lashawn, dos Estados Unidos (19s74), Usain Bolt, da Jamaica (19s78), Christophe Lemaitre, da França (20s01) e Churandy Martina, da Holanda (20s10). Com o ouro dos 100m, Bolt já conseguiu um de seus três tricampeonatos Olímpicos possíveis. Mas ele quer o tri também nos 200m. Veio aqui para isso, já declarou. Essa é sua prova favorita porque ele consegue aproveitar seus ponstos fortes como velocista. Se não tem um tempo de reação tão bom para a largada, Bolt consegue se recuperar no momento de aceleração, perto dos 70 metros.

Mais tempo para “ser Bolt” Nos 200m, Bolt tem mais “tempo” para manter essa aceleração. Para isso, no entanto, é preciso muito controle de seu próprio corpo na curva da prova: o atleta se inclina para dentro e então estabelece a angulação ideal de seu ponto básico de equilíbrio (no umbigo) em relação ao piso. Precisa fazer tudo isso sem perder velocidade. É essa inclinação perfeita que Bolt precisa, quando fala da eficiência necessária e da prova perfeita que terá de fazer, para bater seu próprio recorde mundial – e chegar ao tri também dos 200m. Depois, ainda terá pela frente mais outra prova para se divertir mais um pouco: o revezamento 4x100m, que será às 22h35 da sexta-feira (19). Se o time da Jamaica levar o revezamento, Usain Bolt poderá conseguir seu triple-triple: tricampeão Olímpico consecutivo nos 100m, nos 200m e no 4x100m. Aí então poderá comemorar seu aniversário de 30 anos mais feliz ainda no domingo (21), dia que coincide com o encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ele é forte candidato a carregar a bandeira de seu país, já que isso não aconteceu na cerimônia de abertura.

Rio 2016

Recomendado pelo Google: