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SUPERAÇÃO: Conheça a história do jovem que ficou paralítico depois de assalto na PB

Aroldo Ferreira, hoje com 25 anos, foi vítima de assalto na PB 386 no ano de 2013

Por Priscila Belmont

10/10/2016 às 12h31 • atualizado em 10/10/2016 às 12h41

Aroldo Ferreira foi vítima de assalto na PB – 386

Aroldo Ferreira, hoje com 25 anos, foi vítima de assalto na PB 386 no ano de 2013, entre as cidades de Diamante e Ibiara, no Vale do Piancó.

Aroldo é filho do Cabo da Policia Militar Aniceto Ferreira, da cidade de Conceição (PB). A entrevista aconteceu no ano de 2014 ao Blog “Cadeirantes Que Vencem”.

Confira na integra a entrevista:

1- Como era sua vida antes da lesão?

Curtia a vida com os amigos, estava me preparando para realizar um grande sonho de seguir a carreira de meu pai, que era ingressar na PM.

2- Quando e como aconteceu sua lesão?

A minha lesão aconteceu no dia 02/10/2013, depois de um dia inteiro de trabalho quando retornava para casa aproximadamente às 18h30min, fui abordado por 3 indivíduos em um carro. Estes aproximaram-se de mim anunciando o assalto, como eu estava de moto com capacete e em velocidade, não entendi o que eles queriam. Em seguida, sofri um tiro por trás, vindo a cair, já sem movimentos nas pernas. Tiraram-me debaixo da moto e queriam me colocar dentro do carro. Caí em um barranco com um deles, então desistiram de me levar. Fiquei caído por 1 h, graças a Deus, consciente. Começou o desespero, estava caído em um barranco no meio de uma estrada sem conseguir me levantar, já era noite, mas Deus ajudou que um morador de um sítio escutasse meus gritos, ele me encontrou e em seguida chegou o socorro.

3 -Como você descreveria os primeiros dias e meses após a lesão e partir de que momento você começou a recuperação mental e física?

Meus primeiros dias de lesão foram muito difíceis, sem saber o que ia acontecer fiquei com uma enorme preocupação, mas em nenhum momento me desesperei. Recebi muita força da família, dos amigos e da minha namorada que vem sendo uma das pessoas que me passa mais força para seguir em frente. Fiz meu cadastro no SARAH, e logo em seguida, com apenas três meses de lesão fui chamado para dar início a minha reabilitação, o que me ajudou muito a ser novamente uma pessoa independente.

4- O que você pensa do preconceito que sofrem as pessoas com alguma limitação e você já sofreu preconceito?

Sobre o preconceito, acho isso uma tremenda ignorância, pessoas desinformadas. Muitas pessoas com deficiência fazem muito mais do que pessoas ditas “normais”. O que vale é o que elas têm em seus pensamentos e os seus sonhos. Nesses nove meses de lesão, ainda não enfrentei algum tipo de preconceito, mas você percebe que algumas pessoas olham para você com o olhar de pena.

5- Qual a lição de vida que você aprendeu e pode compartilhar com as pessoas?

Uma lição de vida que aprendi é que temos que dar valor as simples coisas da vida, como: dar um passo, ir a algum lugar sozinho, que é uma das coisas que sinto muita falta.

6- Quais os seus sonhos para o futuro?

Construir a minha família com a minha namorada, superar tudo isso e chegar lá na frente olhar para trás e ver que tudo isso foi passageiro. Foi uma lição para eu me tornar uma pessoa melhor.

7- Como você descreve a sua fé e em que ela ajudou você?

Tenho tido muita fé em Deus. Isso tem me ajudado a seguir essa difícil caminhada, sei que Deus tem algo maravilhoso para mim. Sem fé você não chega a lugar algum.

8- O que você faz hoje que considera superação?

Hoje sei lhe dar com a situação quem me encontro, saio para vários lugares, tenho minha mente focada em meus objetivos.

9- Deixe uma mensagem para as pessoas.

“Assim como toda felicidade é passageira, nenhum sofrimento será eterno! Nunca desista de Seus Sonhos. Acredite, corra atrás, a única coisa que existe entre você e o seu sonho é o seu medo. Ninguém pode vencer por você, acredite, só você pode derrubar os obstáculos que surgem no seu caminho.”

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Fonte Diamante Online

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