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Marcelo Odebrecht começa a depor após assinar acordo de delação premiada

Ex-presidente da Odebrecht está preso em Curitiba desde 2015; ele é um dos 77 executivos que firmaram acordo de delação com o Ministério Público Federal.

Por Henrique

13/12/2016 às 07h10 • atualizado em 12/12/2016 às 23h43

Marcelo Odebrecht (Foto: Divulgação)

O ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht começou nesta segunda-feira (12) a prestar depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) após a assinatura do acordo de delação premiada.

O depoimento, dado a cinco procuradores, durou pouco mais de três horas. Ele deve prestar outros depoimentos nos próximos dias.

O executivo prestou o depoimento em Curitiba, onde está preso de forma preventiva desde junho 2015. Em março deste ano, Marcelo Odebrecht foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, por crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Ele foi considerado mandante de pagamentos de R$ 108 milhões e US$ 35 milhões em propina a agentes da Petrobras.
O ex-presidente da empreiteira é um dos 77 executivos que firmaram acordo com o MPF. Todos eles ainda prestarão depoimentos a procuradores da República. Se homologados pela Justiça, os acordos de delação premiada vão prever, em troca da colaboração, benefícios para os acusados, como redução da pena de prisão.

Delações
As delações da Odebrecht já começaram a repercutir em Brasília e atingiram a cúpula do governo e do PMDB.

Na pré-delação, o ex-vice-presidente da empresa Cláudio Melo Filho afirmou que, em 2014, o presidente Michel Temer pediu R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht para campanhas eleitorais do PMDB, durante encontro no Palácio do Jaburu. A assessoria da Presidência divulgou nota na sexta-feira (9) na qual informou que Temer “repudia com veemência” essa informação.

Também foram divulgados por Melo Filho os nomes de 51 políticos de 11 partidos diferentes que receberam doações da empreiteira. O executivo era o responsável pelo relacionamento da empresa com o Congresso Nacional e trabalhava na Odebrecht há 27 anos, sendo 12 deles em Brasília.

Outros delatores já citaram doações irregulares à campanha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, ao secretário do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco (PMDB); e ao ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB)

G1

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