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Juiz da Carne Fraca diz que não há confirmação sobre alimentos podres

Marcos Josegrei afirmou que o foco das investigações era levantar esquemas de corrupção e associações criminosas no setor.

Por Priscila Belmont

25/03/2017 às 11h32

A apuração da qualidade dos produtos não era, portanto, prioritária. © Reuters Ricardo Moraes

O juiz federal responsável pela operação Carne Fraca, Marcos Josegrei, afirmou nesta sexta-feira (24) que o foco das investigações era levantar esquemas de corrupção e de associação criminosas cometidos por agentes públicos e funcionários do ramo de carnes. A apuração da qualidade dos produtos não era, portanto, prioritária.

“Não se pode afirmar que nenhuma dessas empresas está colocando no mercado produtos impróprios para o consumo. Essa afirmação seria uma generalização temerária neste momento. O que se pode afirmar é que há indícios suficientes de que representantes de diversas empresas estavam com uma relação muito próxima com fiscais agropecuários e isso causava problemas de corrupção”, afirmou.

O magistrado declarou que, até o momento, não há provas de que os produtos comercializados possam fazer mal à saúde. De acordo com o G1, Josegrei também defendeu a qualidade da carne brasileira e afirmou que o problema do setor se baseia em questões burocráticas.

“As empresas muitas vezes se associavam com os fiscais para romper barreiras burocráticas. Isso fazia com que procedimentos fossem agilizados, processos andassem mais rápidos do que deveriam, tinham acesso indevido a sistemas internos do Mapa [Ministério da Agricultura]. Não se pode dizer que as carnes ou os produtos exportados e consumidos no mercado interno por essas empresas não têm qualidade”, disse.

Ainda de acordo com o juiz, os laudos pelo fiscal denunciante do esquema de fraudes no setor, Daniel Gouvêa Teixeira, não relatam carnes estragadas.

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