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MP defende afastamento do delegado do caso de estupro coletivo; segundo a advogada, ele constrangeu a jovem

Medida depende de avaliação da Polícia Civil, que ainda não se manifestou sobre essa questão

Por Campelo Sousa

29/05/2016 às 14h41

Acusados do caso de estupro coletivo no Rio de Janeiro publicaram o crime no Twitter(VEJA.com/Reprodução)

A decisão quanto à troca do delegado responsável por investigar o caso de estupro coletivo em que 33 homens violentaram uma garota de 16 anos no Rio cabe à Polícia Civil, que ainda não analisou o parecer do Ministério Público. De acordo com o jornal O Globo, o MP pede que o inquérito seja desmembrado, ficando a cargo da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (DCAV), enquanto a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) investigaria apenas os crimes de divulgação do vídeo.

 

Segundo o jornal, a manifestação do MP foi dada na madrugada deste domingo, quando a advogada da adolescente entrou com quatro pedidos na Justiça. A promotoria aceitou três deles, mas não concordou com o afastamento do delegado Alessandro Thiers do comando da DRCI por entender que isso é uma atribuição da própria Polícia Civil. Pediu, no entanto, que se averigue se o delegado infringiu, durante o depoimento, o artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento. Eloísa Samy afirma que Thiers fez perguntas que não têm relação com o crime, como se a adolescente já tinha feito sexo grupal, por exemplo.

O promotor de plantão, Bruno Lavorato, acatou o pedido de Eloísa a uma medida cautelar que pedia proteção à vítima, baseada na lei Maria da Penha, e determinou a remessa da cópia de todo inquérito para a DCAV. Segundo a advogada, no texto da representação, “há notícias de que um dos possíveis autores, denominado Raphael Belo, vem se aproximando da mesma”.

Veja

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