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Ministro da Saúde conhece teste de zika que será distribuído pelo SUS

Laboratório fabricante do teste rápido de zika precisa de R$ 6,8 milhões para produzir unidades do teste que serão distribuídas

Por Campelo Sousa

14/06/2016 às 12h54

Teste criado na Bahia identifica os anticorpos para infecções recentes e antigas do vírus da zika (Foto: Bahiafarma)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, acompanhou em Salvador, a avaliação de qualidade do teste rápido de zika. A distribuição do teste à população ainda depende da aprovação pelo Instituto Nacional de Controle e Qualidade, segundo o ministro.

“Assim que tivermos essa confirmação, poderemos fazer a negociação e já estamos discutindo a quantidade e valores para que possamos consolidar esse kit para a rede de saúde. Vamos aguardar a negociação e estabelecer as populações que devem ser atendidas em primeiro lugar”, disse.

O teste, desenvolvido pela Bahiafarma, fornece o diagnóstico de zika em 20 minutos. Além disso, detecta se o organismo já foi ou ainda está infectado pelo vírus.

Atualmente, o teste de zika disponível na rede pública de saúde utiliza o método PCR (que detecta o material genético do vírus), mas isso só ocorre quando o paciente está infectado e o resultado pode demorar semanas.

O presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, disse que em até dois meses o Ministério da Saúde deve solicitar a fabricação dos kits em larga escala para iniciar a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Atualmente, o laboratório tem a capacidade de fabricação de 100 mil testes, por mês, mas precisaríamos de R$ 6,8 milhões, já solicitados ao Ministério da Saúde, para que tenhamos a capacidade de fabricação de até 500 mil unidades do teste. Esse investimento será direcionado à aquisição de tecnologias vindas da Coreia do Sul”, explicou.

Segundo o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Villas Boas, o laboratório “já está muito próximo” da oferta do novo teste à população.

“O ministério ainda deve definir os protocolos de aplicação do teste, com prioridade. Os testes chegarão aos postos de saúde depois que o MS determinar a ordem de compra. Já estamos há seis meses cumprindo as etapas necessárias”, afirmou Villas Boas.

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