header top bar

section content

Ex-senador Eduardo Suplicy deita no asfalto para protestar contra reintegração de posse e acaba detido pela Polícia

De acordo com a PM, ex-senador deitou no asfalto para impedir retirada de famílias do local

Por Campelo Sousa

25/07/2016 às 12h50 • atualizado em 25/07/2016 às 14h04

O ex-senador deitou no chão para impedir a reintegração de posse de um terreno na Cidade Educandário, na região da Raposo Tavares (Foto: Sérgio Castro/Estadão)

O ex-senador Eduardo Suplicy foi detido na manhã desta segunda-feira (25) durante uma reintegração de posse que acontece na região da rodovia Raposo Tavares, na zona oeste de São Paulo. De acordo com a assessoria de imprensa do político, Suplicy foi “preso após protestar contra reintegração de posse”. Segundo a Polícia Militar, Suplicy foi detido por obstrução de Justiça e desobediência ao tentar impedir a reintegração. O ex-senador deitou no asfalto para impedir o Oficial de Justiça de cumprir o mandado. Suplicy foi preso e levado ao 75ºDP. De acordo com a PM o clima no local ainda é tenso.

A Polícia Militar acompanha a reintegração de um terreno ocupado por dezenas de famílias na Cidade Educandário. Houve confronto entre moradores que protestavam contra a ação. A PM informou que aconteceu uma troca de tiros entre moradores e policiais no início da manhã. Segundo os moradores, o confronto começou porque uma criança que morava no bairro foi atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo, o que causou revolta. Alguns moradores revidaram, queimando pedaços de madeira e atirando contra os agentes. Um PM que estava de colete foi atingido.

Vizinhos da comunidade acompanham a ação do lado de fora. Os policiais colocaram uma faixa para bloquear a rua José Porfírio de Souza, que dá acesso à comunidade. Homens da Tropa de Choque e da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) participam da reintegração.

A Prefeitura de São Paulo divulgou nota em que diz que a área ocupada “é municipal e apresenta risco elevado de desabamento, o que inviabiliza construção de moradia popular”. Além disso, diz que a Defesa Civil “estudou a possibilidade de retirar apenas parte dos barracos, mas concluiu que isso colocaria os demais barracos em risco, por causa da fragilidade estrutural do conjunto”.

A prefeitura também afirma que “a reintegração de posse é uma determinação judicial e os moradores foram avisados previamente sobre a desocupação. Ao todo, 211 famílias residem no local e já estão cadastradas no programa habitacional da Prefeitura de São Paulo”.

R7 com Estadão Conteúdo

Recomendado pelo Google: