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Hospital de Pombal está abandonado

A denuncia é do vice-prefeito de Pombal Geraldo Arnaud

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22/04/2009 às 14h39

/Salários atrasados, falta de medicamentos e de outros materiais médicos, redução do número de médicos.

Estes são “apenas” alguns dos problemas que passa o Hospital Distrital de Pombal (HDP), após a cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima e a posse de José Maranhão no comando do Estado, há dois meses atrás.

A denúncia do abandono foi feita pelo ex-diretor do HDP e atual vice-prefeito de Pombal, Geraldo Arnaud de Assis Júnior – Geraldinho – (PSDB), em entrevista à uma emissora de rádio da cidade.

Segundo ele, a situação verificada naquela unidade hospital é “lamentável”, citando o atraso de dois meses no pagamento do salário dos médicos e dos servidores pro-tempore e do repasse dos recursos para o custeio do hospital.

“Isso reflete diretamente no atendimento da população, que está sendo prejudicada pela atual situação”, reclamou Geraldinho.

Ele lembrou que foi aprovada a municipalização do hospital, mas o impasse permanece porque o Estado não quer deixar sob o comando da prefeitura a gerência do HDP.

“O Estado não resolveu nesses 60 dias o que é que vai fazer com o hospital distrital e o município não tem qualquer responsabilidade pelo o que está acontecendo”, declarou.

Ainda segundo Geraldinho, havia 16 médicos trabalhando no hospital, mas quatro deles abandonaram o serviço.

“Hoje, por exemplo, eu estou cobrindo duas escalas médicas (uma de clínica geral e outra de anestesia), porque está faltando médico”, informou o vice-prefeito, acrescentando, ainda, que a sobrecarga de trabalho acontece também com servidores, chegando ao ponto de alguns deles tirarem três plantões.

Geraldinho informou que uma comissão designada pela secretaria estadual de Saúde já esteve no hospital, verificando a situação, mas nada foi resolvido.

Caos
Também na entrevista, o médico levantou a possibilidade de casos em que familiares estão sendo obrigadas a comprar medicamentos com dinheiro próprio para pacientes internados no hospital, por falta de estoque no local.

“O hospital hoje não tem como fazer um Raio-X, porque não temos material, nem dinheiro para tal”, denunciou.

Por fim, ele cobrou providências da secretaria de Saúde da Paraíba para resolver o problema.

“Essa situação tem que ser resolvida numa urgência imperiosa, porque é a população de Pombal e de outros 10 municípios da região que está em risco e não é admitido o adiamento do atual momento”, apelou Geraldinho.

NALDO SILVA
Da redação do Diário do Sertão
Liberdade FM – Pombal

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