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Padre acusado de assassinato em Pombal é impedido de celebrar missa

Um oficial de Justiça impediu a realização da missa que seria celebrada pelo padre João Carlos de Santana, de 42 anos, na noite da última terça-feira (21), na Igreja de Santo Antônio, que fica no...

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23/10/2008 às 12h23

Um oficial de Justiça impediu a realização da missa que seria celebrada pelo padre João Carlos de Santana, de 42 anos, na noite da última terça-feira (21), na Igreja de Santo Antônio, que fica no bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife.

O padre é acusado de envolvimento com um homicídio que teria sido praticado na Paraíba, em 2006. O arcebispo de Olinda e do Recife, dom José Cardoso Sobrinho, conseguiu um mandado de reintegração de posse da Paróquia de Água Fria.

Em janeiro deste ano, uma decisão favorável a dom José determinou a saída do padre João, mas, depois de mobilização da comunidade, uma liminar da Justiça liberou o religioso para continuar as cerimônias. Nesta terça-feira, uma nova ação judicial determinou a saída do padre.

Apesar das acusações, a assessoria de comunicação da arquidiocese pernambucana nega que o motivo principal do afastamento do padre tenha sido o homicídio. Segundo a assessoria, o período de administração paroquial de João Carlos já foi encerrado e, pelas normas da Cúria local, ele devia entregar a posse da igreja.

A assessoria ainda informou que o padre procurou meios judiciais para derrubar a ordem, mas todos os recursos foram negados, resultando em seu afastamento. Para substituí-lo, foi convocado o padre Edmilson, que atualmente administra a Paróquia de Socorro, em Jaboatão dos Guararapes.

O pároco teve de deixar a igreja em meio a um louvor, na tarde da terça-feira (21), sob ordens de um oficial de Justiça. Os fiéis que estavam presentes no momento da chegada do oficial de Justiça protestaram com orações e cânticos. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança.

Uma das secretárias de dom José Cardoso Sobrinho, Judite Cardoso, informou por telefone à reportagem da TV Globo que a Arquidiocese de Olinda e Recife reforça as acusações contra o padre. Com relação ao protesto dos fiéis, a Arquidiocese considera normal, já que as pessoas são amigas do padre.

O caso
O Tribunal de Justiça da Paraíba confirmou ao JORNAL DA PARAÍBA a existência do processo de homicídio doloso, com os nomes de Ivânia Olímpio e João Carlos como acusados. O caso foi registrado na 1ª Vara da cidade de Pombal e encontra-se arquivado desde maio de 2006.

Dom José Cardoso também acusou o padre João Carlos de manter um relacionamento amoroso com a prima em segundo grau, Ivânia Olímpio de Almeida. Ela processou o arcebispo, acusando-o de calúnia, injúria e difamação. Os advogados do padre disseram que o envolvimento de João Carlos com o homicídio nunca foi provado e que o processo está arquivado. Mesmo quando foi proibido pela Justiça de realizar as missas, padre João continuou a convidar fiéis a participarem dos encontros.

Do Paraiba1

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