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Exonerado após carta anônima, ex-diretor do Presídio de CZ se defende de acusações ‘levianas’ e revela que está sendo vítima de vingança e de um ‘jogo político sujo’ – VÍDEO

Jailson Matos Santos foi exonerado após a divulgação de uma carta anônima que o acusa de irregularidades na direção do presídio

Por Jocivan Pinheiro

04/08/2016 às 18h36 • atualizado em 04/08/2016 às 19h13

Três dias depois de ser exonerado da direção do Presídio Regional de Cajazeiras sob acusações de irregularidades, Jailson de Matos Santos esteve no programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão, para se defender e dar sua versão dos fatos.

Ele foi exonerado após a divulgação de uma carta anônima que o acusa de várias irregularidades na direção do presídio. Uma delas envolve até o PSB, partido do governador Ricardo Coutinho. Apesar de ter sido exonerado, o ex-diretor elogiou o governador, mas disse que as acusações na carta são levianas, infundadas e fazem parte de uma “jogada política”.

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Presídio Regional de Cajazeiras

Presídio Regional de Cajazeiras

Primeiro, a carta acusa Jailson de distribuir propina ao PSB através de um esquema de permuta de plantões de três agentes penitenciários. De acordo com a carta, os três agentes não iam trabalhar e pediam para serem substituídos nos plantões garantindo que pagariam os substitutos, mas o pagamento estaria sendo coletado por Jailson e enviado ao PSB.

O autor da carta teve acesso a um estrato bancário de Jailson que mostra um depósito na sua conta em nome de um agente penitenciário. Mas o ex-diretor alega que o dinheiro faz parte do pagamento da compra de material militar pessoal que ele vende de maneira legal para os colegas.

Jailson afirma que essa acusação é absurda, destaca as mudanças positivas proporcionadas pelo governador no sistema penitenciário do Estado e insinua que está sendo vítima de um “jogo sujo” da política.

“Isso é um absurdo. Quem conhece o governador, sabe que ele não compactua com esse tipo de coisa. Ele moralizou o sistema. Essa acusação é infundada. Numa conjuntura política como essa, aproveita-se a oportunidade. Mas não se ganha política dessa forma, pegando algo isolado e fazendo um estardalhaço. E pior: algo inexistente.”

Jailson acredita que a carta foi escrita por alguém de dentro do presídio e insinua que quem poderia estar ficando com o dinheiro dos plantonistas era o ex-secretário adjunto do Presídio, que na época era o responsável pelas escalas de plantões. Ele revela que alguns agentes penitenciários teriam dito que o ex-secretário se responsabilizava em repassar o dinheiro da permuta para quem assumia os plantões, mas o repasse não estava acontecendo.

Desvio de alimento

Outra acusação na carta anônima é de que a gestão de Jailson estaria desviando alimento dos presidiários. Sobre isso, ele também nega com veemência. “Nunca faltou uma grama de carne para os apenados. Nenhum item. E muitas vezes quando o fornecedor atrasava dois ou três dias, a gente estava sempre suprindo. Todo e qualquer alimento que tivesse faltado no presídio, numa crise dessa, com certeza resultaria numa rebelião.”

Diretor do Presídio Regional de Cajazeiras por quatro anos, o baiano Jailson de Matos Santos enalteceu o trabalho da sua gestão que, segundo ele, promoveu progresso no sistema prisional da cidade com mudanças sociais, operacionais e técnicas. “São quatro anos de trabalho, de progresso, de credibilidade que a sociedade de Cajazeiras acreditou. Uma carta dessa leviana, infundada, não pode denegrir nossa imagem”, completou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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