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VÍDEO: Nascimentos e mortes caem em Cajazeiras; socióloga atribui a políticas públicas, mas pede estudo

Reportagem teve acesso, com exclusividade, a dados do 1º Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais sobre os nascimentos e óbitos em Cajazeiras em 2016 e 2017

Por Jocivan Pinheiro

11/08/2017 às 15h36 • atualizado em 11/08/2017 às 15h41

No mês em que Cajazeiras completa 154 anos, a atenção da população se volta para o passado, mas também para o futuro do município. Nascida a partir de uma única residência – a de Mãe Aninha, genitora do Padre Rolim – a cidade cresceu, se tornou berço da educação, ganhou o status de terra que ensinou a Paraíba a ler e hoje conta com uma população de quase 70 mil habitantes, segundo o IBGE.

Obviamente que esse índice muda com o passar do tempo. Todos os anos nascem centenas de novos cajazeirenses. Mas outros morrem. E para tentar saber o que mudou na densidade demográfica do município de uns anos para cá, a reportagem da TV Diário do Sertão teve acesso, com exclusividade, a dados do 1º Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais sobre os nascimentos e óbitos em Cajazeiras no ano de 2016 e no 1º semestre de 2017.

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População de Cajazeiras é de quase 70 mil habitantes, segundo o IBGE

De acordo com o levantamento, houve redução no número de nascimentos e mortes em 2016 e 2017 com relação a 2015 e demais anos anteriores. Os dados mostram que 855 pessoas nasceram e 739 morreram em todo o ano de 2016. Já no primeiro semestre de 2017 foram registrados 416 nascimentos e 373 óbitos.

Para comentar os dados obtidos junto ao cartório local, a reportagem conversou com a professora de Sociologia da UFCG de Cajazeiras, Mariana Moreira, que comemorou a redução significativa no número de óbitos, mas disse que somente os números não revelam os fatos sociais que estão por trás dessa redução e muito menos quais a causas das mortes atualmente.

Professora Mariana Moreira

Ela lembra que há poucas décadas, havia um alto índice de mortalidade infantil relacionada a falta de vacinas, de água tratada, de alimentação, entre outros, sobretudo na zona rural em tempos de estiagem. Mas diante dos acontecimentos sociais dos últimos anos, pode-se presumir que essas causas de mortes se reduziram bastante devido às ações de pastorais e a políticas públicas de saúde e assistência social. No entanto, é preciso um estudo mais detalhado dos fatos de hoje, como o aumento da violência, por exemplo.

“É interessante esses dados, mas é bom que a gente tenha também essas informações complementares para que a gente possa abalizar uma compreensão mais precisa desses dados. Nasceram tantos e morreram tantos é ruim porque não nos dá essa dimensão”, disse.

DIÁRIO DO SERTÃO

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