Servidores do SAMU divulgam nota de repúdio após demissão de coordenadores: “Não aceitamos injustiça”

Gervásio Bernardo (Foto: Diário do Sertão)

Os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) Regional de Sousa, divulgaram na manhã desta quinta-feira (14) uma nota de repúdio à secretária de Saúde do município, Amanda Silveira, por ter demitido os coordenadores Suelio Silva (coordenador Geral), Doca Neto (coordenador médico) e Reginaldo Sousa (coordenador de frotas).

As denúncias de perseguição e cortes de salários dos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foram os assuntos mais comentados nos últimos dias na cidade de Sousa. Os servidores denunciaram perseguição por parte da secretária de saúde e da coordenadora de enfermagem.

Diante das denúncias, Amanda resolveu dispensar não só apenas Narjara, mas também todos os demais coordenadores do órgão.

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Na nota, os profissionais do SAMU foram solidários aos coordenadores Suélio, Doca Neto e Reginaldo e relataram as dificuldades que eles enfrentam diariamente para exercerem suas funções no SAMU.

NÃO DÁ MAIS PRA ENGOLIR O CHORO!
Eis que é chegada a hora do basta, não podemos aceitar as injustiças que ora presenciamos como se atos normais fossem. A ideia de que o SAMU de Sousa funciona em perfeita ordem e que isso é mérito da atual gestão em saúde, não passa de engodo, de uma fantasia da referida administração. A verdade é que o Samu de Sousa ainda não saiu do quadro critico em que se encontra desde a gestão anterior; a única mudança ocorrida, foi a nomeação dos Coordenadores (agora afastados) e as promessas de um novo modelo de gestão (algo que ainda não se confirma).

Nos últimos 08 (oito) meses, nós profissionais lotados do Samu, presenciamos desmandos de toda sorte, ainda sim, nos mantivemos na esperança de dias melhores e na confiança de que os colegas Dr. Doca Neto, Suelio e Reginaldo fossem ouvidos pela gestão e que os graves problemas aqui existentes pudessem ser solucionados.

Se até agora, nesta gestão, o SAMU funcionou ainda que de forma deficitária, deve-se ao compromisso coletivo firmado entre os coordenadores supra citados e o quadro de servidores efetivos. Pois é fato, a ausência de condições mínimas para o funcionamento de tão importante órgão.

As deficiências do Samu ultrapassam as barreiras do aceitável e do inadmissível. As falhas na estrutura físicas do prédio (reboco caindo, goteiras, banheiros sem portas, tomadas afixadas com esparadrapos…). A ausência de lençóis limpos desde março (quando a maquina de lavar quebrou). A ausência de profissional Farmacêutico, a retirada de itens como ovo, leite, bolos das refeições. A ausência de segurança para os profissionais. As viaturas sem os devidos vistos proferidos pela Angevisa (autorização para funcionamento) e ainda faltando equipamentos indispensável para o tráfego veicular (buzina, sirene, luzes, sinaleiras…), tudo isso estava sendo tolerável, dado aos compromisso destes profissionais com os colegas coordenadores.

De certo, a Administração não tendo apresso pelos serviço prestados pelo SAMU, trouxe ao nosso convívio um ser desagregador (Narjara Cristina), que para além das dificuldades já mencionadas, promoveu humilhações, ameaças aos colegas, imperícia e irresponsabilidade na condução da coordenação de enfermagem, além de ingerência nas demais coordenações. Tal postura, quebrou os votos de cooperação entre profissionais e a gestão, causando os impasses ultimamente noticiados.

Por fim, ao tempo em que repudiamos as posturas adotas pela administração. Também SOMOS SOLIDÁRIOS aos senhores DR. DOCA NETO, REGINALDO E SUELIO.
Sousa-PB 14 de setembro de 2017.

Profissionais do SAMU Regional de Sousa

DIÁRIO DO SERTÃO

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