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VÍDEO: Com cultivo de legumes, agricultor da região de Cajazeiras ajuda a formar as filhas e se emociona

Apesar de a região vivenciar uma das piores secas dos últimos tempos, o agricultor mantém plantações de legumes, verduras e frutas sem agrotóxicos

Por Jocivan Pinheiro

29/11/2017 às 19h00 • atualizado em 29/11/2017 às 17h23

Para muitos agricultores, a seca que castiga o Sertão paraibano há vários anos se tornou um obstáculo insuperável. Sem água, sem tecnologia e sem apoio de políticas públicas, o resultado é a perda de plantações e animais.

No entanto para outros é possível manter o cultivo. Não com o mesmo aproveitamento, é claro. Mas com uma boa dose de conhecimento e habilidade sobre as práticas do campo, dá para salvar boa parte da lavoura e dos bichos.

No distrito de Gravatá, município de São João do Rio do Peixe, seu Nivaldo Bezerra é um exemplo de superação. Apesar de a região vivenciar uma das épocas mais quentes dos últimos tempos, o agricultor de 52 anos mantém uma bela plantação de legumes, verduras e frutas sem auxílio de máquinas e sem fazer uso de agrotóxicos.

Plantação de alface de seu Nivaldo muda a paisagem do sítio

Em suas terras ele consegue produzir em larga escala alimentos que são comercializados em várias cidades da região e até no Ceará. Pimentão, tomate, alface, macaxeira, batata, manga e cerejas são alguns dos hortifrútis cultivados por seu Nivaldo. Quem chega ao sítio, logo percebe a diferença de paisagem entre as terras secas ao lado das terras onde ele planta, verdes como um oásis no meio do deserto.

Seu Nivaldo na plantação de pimentão

Devido ao forte calor, ele chega a perder de 30 a 40% de alguns alimentos por não ter uma grande tenda ou alpendre que possa cobri-los. Mas o restante é vendido para feirantes e dá para apurar um bom dinheiro.

Com a agricultura, seu Nivaldo tem ajudado nos estudos das três filhas. Duas delas fazem curso superior e uma se formou em Administração recentemente. Ele se emociona ao relembrar as vezes em que vendeu limão para pagar o lanche das jovens.

Contraste entre paisagens

DIÁRIO DO SERTÃO

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