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Pesquisadora alerta sobre riscos de consumir água de poços e diz que água subterrânea pode acabar

Ainda segundo a pesquisadora, o grande número de poços que estão sendo cavados em Sousa podem esgotar a água do aquifero

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17/12/2015 às 10h48

Em meio à crise hídrica e com volume do açude de São Gonçalo inviável para o abastecimento, tem se adotado algumas medidas na cidade de Sousa, no Sertão da Paraíba. Umas das soluções para diminuir o sofrimento da população que necessita do precioso líquido é a perfuração de poços artesianos. 

A reportagem do Portal e TV Online Diário do Sertão entrevistou nesta quinta-feira (17) a professora e pesquisadora em gestão ambiental do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Lúcia Mara. Inicialmente ela falou sobre os procedimentos legais para realizar a perfuração de um poço artesiano.

"Antes da perfuração, a primeira coisa a ser feita é entrar em contato com a AESA que é a responsável pela autorização do poço artesiano. A água também deve ser analisada para saber se é realmente adequada para o consumo humano", disse.

Lúcia Mara também falou sobre os riscos em consumir água não tratada, e os métodos que podem ser feitos para a descontaminação do líquido:

"Para beber, cozinhar ou até mesmo tomar banho é preciso ter todo cuidado. A melhor opção é usar água tratada, mas em caso de água de poços, uma das formas paliativa é o uso do hipoclorito de sódio (água sanitária), o ideal é colocar aproximadamente de três a quatro gotas para cada litro de água, após isso, mexer bem a água no recipiente para que o produto extermine as bactérias e depois de meia hora você pode fazer o consumo da água. Outro método é usar o tradicional filtro de barro, ou mesmo ferver a água", destacou.

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Água pode acabar
Ainda segundo a pesquisadora, o grande número de poços que estão sendo cavados na cidade de Sousa podem esgotar a água do aquifero (formação ou geológica que pode armazenar água subterrânea).

"É como um balde onde só se retira água e não repõe, fatidicamente podemos chegar a um momento que ficaremos sem água.  . A questão das perfurações de poços não resolvem nosso problema, espero que o período chuvoso seja melhor", disse.

Recarga do aquífero
Lúcia Mara também falou que existe uma legislação que permite reservar um espaço nas casas, ou seja, uma área que não possuía piso para fazer a recarga de água durante o período chuvoso.

"A área que não possui o piso é o local onde será recarregado, e nesse período chuva é importante que a população providencie o espaço, no jardim da casa ou em outra parte da residência para garantir a recarga do aquífero", disse.

DIÁRIO DO SERTÃO

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