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Bispo preside celebração de despedida da mãe de proprietário de Rádio de Cajazeiras

Triste, um dos netos de Dona Mãezinha, Felipe Albuquerque disse: “Todos os dias ela me dizia: Deus te abençoe meu filho"

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25/05/2015 às 16h00

 

Foi sepultada nesta segunda-feira (25), Leopoldina de Brito Albuquerque (Dona Mãezinha), 92 anos, falecida nesse domingo (24), em hospital da cidade de Sousa. O funeral da Matriarca da família Albuqurque reuniu dezenas de pessoas e foi bastante visitado durante todo o dia.

 

O corpo de Dona Mãezinha foi velado no Memorial Esperança, ao lado do Hospital Regional de Cajazeiras. Às 15:00 horas foi celebrada missa de corpo presente na Igreja Nossa Senhora da Piedade (Catedral), presidida pelo Bispo Dom José Gonzáles.

Após a missa, o corpo da cajazeirense seguiu para o cemitério Coração de Maria, onde foi sepultado.

 

Entenda
Faleceu neste domingo (24), Leopoldina de Brito Albuquerque (Dona Mãezinha), 92 anos, que é mãe do proprietário da Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras, o professor José Antonio de Albuquerque. Leopoldina é viúva de Arcanjo Albuquerque, líder de uma das mais tradicionais famílias de Cajazeiras.

Foto de uma das mais tradicionais famílias de Cajazeiras "Família Albuquerque" cedida pelo Blog Sete Candeeiros

Segundo informações do genro, o jornalista Fernando Caldeira, Dona Mãezinha estava internada na UTI do Hospital Santa Terezinha há 30 dias, em Sousa, onde faleceu. Fernando Caldeira informou que a causa morte da cajazeirense foi falência múltipla nos órgãos. 

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Um dos netos de Dona Mãezinha, Felipe Albuquerque disse: “Todos os dias ela me dizia: "Deus te abençoe meu filho. E hoje é a minha vez de dizer: Deus te abençoe Vovó".

A prefeita Denise Albuquerque, em nome do seu secretário e neto de Dona Mãezinha, Arcanjo Neto se solidarizou com a família através das redes sociais.

O filho da cajazeirense, o professor Zé Antônio lhe prestou várias homenagens ainda em vida e escreveu a trajetória da mãe no último aniversário, comemorado há pouco mais de um mês, em 17/04/2015.

Veja artigo na íntegra
Leopoldina de Brito Albuquerque, conhecida carinhosamente por Mãezinha, exatamente por ser considerada a mãe não somente de seus nove filhos, mas por ter “adotado” em sua casa mais uma dezena, além de continuar sendo uma grande mãe para muitos outros, debaixo do seu e em outros tetos.

O que um filho, primogênito, que ela mesma diz ser “filho de moça”, pode externar, neste dezessete de abril, o dia em que sua mãe celebra 92 anos de vida?
Filha da margem direita da Ribeira do Rio do Peixe, originária das famílias precursoras, do município de São João do Rio Peixe: Afonso de Carvalho, pela via materna, continua sendo o exemplo de mulher forte, guerreira, lutadora, sincera, corajosa, desbravadora e sempre com idéias, visões e posições além de seu tempo e que nunca estranhou e sempre se adaptou aos avanços e modernidades.

Fico a imaginar como foi a criação de minha mãe no seio de uma família de 17 irmãos, nos tempos em que se fazia necessário estar sempre migrando, para poder escapar e sobreviver das grandes secas, e o exemplo maior é o de que quase todos os seus irmãos nasceram em cidades diferentes da Paraíba, principalmente aonde existiam obras do DNOCS, órgão executor das construções de barragens do nordeste. 

Fico a imaginar o quanto trabalhou para ajudar na criação e na educação dos seus nove filhos: foi costureira, foi comerciante e dona de casa, mas foi essencialmente uma mulher urbana, ao ponto de “impor” ao seu noivo e grande amor: “só me caso com você se for pra morar na rua” e meu pai que era e sempre foi, em essência, um homem eminentemente rural, não teve alternativa: estabeleceu-se no Distrito de Engenheiro Ávidos com uma pequena mercearia, mas se dividia entre o seu roçado e o balcão de sua bodega, que em suas ausências era ela que o substituía.

Tenho vagas lembranças do “ambiente” da bodega de meu pai, onde fui criado, e segundo eles e amigos que me conheceram nesta época, enquanto não aprendi a andar, dentro de uma “cuia de oito”, uma peça de madeira de oito litros para medir farinha, feijão e milho, em cima do balcão e todos os fregueses faziam questão de fazer mimos, beliscar e dar pesqueiros.

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DIÁRIO DO SERTÃO

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