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Após ameaça de deixar a Paraíba, Acervo Cultural Zé Ramalho no Sertão reabre em novo local, mas ainda precisa de ajuda. Reportagem especial mostra a riqueza cultural do ‘museu’

Há várias décadas, jornalista vem colecionando todo tipo de material relacionado à trajetória e à carreira do artista paraibano

Por Jocivan Pinheiro

10/01/2017 às 17h03 • atualizado em 10/01/2017 às 17h06

Dando continuidade à série de reportagens especiais pela região de Catolé do Rocha, a TV Diário do Sertão esteve na cidade de Brejo do Cruz, conhecida principalmente por ser a terra-natal de um dos maiores artistas da música popular brasileira.

Quem passa pela cidade, além de outras peculiaridades culturais e geográficas e se conhecer, não pode deixar de visitar dois pontos turísticos: um deles é a famosa pedra de turmalina, eternizada nos versos da música “Avôhai”, do cantor e compositor paraibano Zé Ramalho.

Pedra de turmalina, em Brejo do Cruz

A canção é uma das mais conhecidas da carreira do paraibano. Gravada para o primeiro disco solo do cantor, e com a ilustre participação do tecladista Patrick Moraz, da banda inglesa Yes, “Avôhai” é um relato poético cheio de imagens marcantes da infância de Zé Ramalho em Brejo do Cruz.

O outro ponto turístico também está diretamente ligado à vida e à carreira do artista. Na Rua José Alves Ramalho, que leva o nome do avô do músico, fica o Acervo Cultural Zé Ramalho, fundado e coordenado pelo jornalista e fotógrafo Aurílio Santos.

Acervo Cultural Zé Ramalho, em Brejo do Cruz

Há décadas, Aurílio vem colecionando todo tipo de material relacionado à trajetória de vida e à carreira de Zé Ramalho. A proposta de fazer um acervo vem desde os anos 90 em São Paulo, até que o sonho se tornou realidade na terra-natal do cantor.

O acervo dispõe de uma vasta quantidade de fotografias, jornais, revistas, cartazes, documentos, discos, DVD’s, roupas, instrumentos e outros objetos de carreira e de uso pessoal, muitos deles doados pelo próprio Zé Ramalho.

Aurílio Santos, fundador e coordenador do acervo

Apesar de quase nenhum apoio da iniciativa pública, com muito esforço Aurílio conseguiu abrir o Acervo Cultural Zé Ramalho para visitação em Brejo do Cruz, num prédio particular. Mas cerca de um ano depois, teve que sair do local. Sem apoio, chegou a cogitar transferir o acervo para Minas Gerais, mas ele continuou em Brejo do Cruz, agora funcionando na sua residência, construída aos pés da famosa pedra de turmalina.

– Eu vi que tinha necessidade de se criar esse espaço para que as pessoas pudessem conhecer toda a trajetória musical dele, não somente o pessoal de Brejo do Cruz, e sim as pessoas do Brasil todo, como eu tenho recebido visitas – conta o coordenador Aurílio Santos.

Acervo possui relíquias musicais do cantor e compositor paraibano

Mas ele também ressalta que a presença do público – inclusive adquirindo os abjetos – é importante para manter o acervo aberto e se auto-sustentando.

– Eu gostaria que as pessoas vissem através dessa reportagem que o acervo precisa de apoio também, não só público, mas de qualquer pessoa. Dentro do acervo nós temos um meio de sustentação, que seria vender os produtos, respeitando os direitos autorais, para que também some-se a essa existência do acervo.

DIÁRIO DO SERTÃO

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