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Secador de mãos dos banheiros pode perigoso, é pior do que toalha de papel e espalha H1N1

Secador de mãos: no experimento, os participantes usavam luvas e, com elas, passavam nas mãos uma solução líquida que continha o vírus MS2

Por Campelo Sousa

04/05/2016 às 12h44

Esta é a conclusão de um estudo publicado na revista científica Journal of Applied Microbiology

É uma briga para secar suas mãos: as máquinas de ar quente começaram a se espalhar pelos banheiros por parecerem uma alternativa mais sustentável que as toalhas de papel.

Mas um novo estudo da Universidade de Westminster (Inglaterra) mostrou que, em termos de higiene, os secadores estão muito atrás – eles espalham 1.300 vezes mais bactérias que as toalhas descartáveis.

No experimento, os participantes usavam luvas e, com elas, passavam nas mãos uma solução líquida que continha o vírus MS2.

Depois, testaram diferentes métodos de secagem: toalhas de papel, máquinas de ar quente (aquelas tradicionais de rodoviária que parecem demorar milênios para secar as mãos) e secadores com jatos de ar, como a Air Blade, da empresa Dyson. Neste tipo, o usuário coloca as mãos dentro do aparelho e o impacto do ar é muito mais intenso.

Quem usou a toalha espalhou vírus até 25 cm ao redor de onde estava. As máquinas de ar quente atiraram o vírus a 75 cm de distância.

Já as máquinas de jatos de ar eram verdadeiros lançadores de microrganismos, espalhando o vírus por 3 metros. Além de contaminar uma área maior, a máquina de jato de ar também espalha maior quantidade de vírus.

Esse não foi o primeiro estudo a falar da falta de higiene dos secadores a jato. Em 2005, outra pesquisa disse que as toalhas de papel diminuiam em 24% a quantidade de bactéria na pele, enquanto os jatos de ar aumentavam em 117% o número de microrganismos.

O problema é que o estudo foi encomendado pela associação alemã da indústria de papel. Ou seja, havia um incentivo para que o estudo falasse bem das toalhas de papel, e criticasse suas concorrentes, as máquinas.

A Dyson alega que a Air Blade filtra 99,9% das bactérias do ar que sai dela. Daí, o problema deixa de ser da máquina e passa a ser seu: o ar que sai dali pode estar limpo, mas se as suas mãos não estiverem bem lavadas, os germes são espalhados do mesmo jeito – e isso pode transmitir diarreia, pneumonia e gripes como H1N1.

E o pior é que, segundo o IBGE, um em cada quatro brasileiros não lava as mãos depois de usar o banheiro.

Exame

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