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Final de novela das 9 terá cena quente entre gays e faz crítica a sociedade

Intérprete de Cláudio em 'Império' defende que relacionamentos devem ser mostrados de forma natural, independente da orientação sexual

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09/03/2015 às 08h14

José Mayer e Klebber Toledo em 'Império' (Foto: TV Globo)

O romance vivido por Cláudio e Leonardo deu o que falar em Império! Mas está redondamente enganado quem acha que o relacionamento entre dois homens foi uma novidade na carreira de José Mayer. O ator, considerado um dos maiores "pegadores" de mulheres na ficção, conta que já beijou um colega em cena. Foi em uma época em que os gays eram pouco aceitos pela sociedade e, praticamente, não tinham espaço na televisão.

"Em 1981, fiz uma peça de Martin Sherman chamada 'Bent'. Eu fazia um homossexual perseguido na época da Alemanha nazista. Eu e o Ricardo Blat (ator) fazíamos um casal e a gente se beijava na boca", lembra Zé, dizendo que quer continuar a expandir seus horizontes tanto no campo profissional quanto no pessoal: "Como ator, o exercício da liberdade é a coisa mais importante que existe. Eu exercito minha liberdade como artista e ela amplia a minha capacidade pessoal. É claro que, como ator, sou mais corajoso do que como pessoa, porque essa é a minha função. É ter coragem para viver coisas e personagens nas quais a gente acredita."

José Mayer defende que as cenas de afeto entre pessoas do mesmo sexo devem ser vistas de forma cada vez mais natural.

"Beijos são naturais e normais entre casais de qualquer tipo. Acho falsa essa expectativa em relação a beijos espetaculares, típicos de fim de novela. Beijo gay existe o tempo todo e não precisa ser espetaculoso, e sim cotidiano e natural."

Despido de preconceitos, o galã das novelas manda seu recado contra a intolerância. "É hipocrisia fechar os olhos para a evidência de que a prática homossexual é cada vez mais presente e aceita nos dias de hoje. Então, não é oportunismo viver esses tipos. É retratar o que, de fato, existe", ressalta Zé.

Sintonia em cena foi o que não faltou entre Kléber Toledo e José Mayer. Para o ator de 28 anos, contracenar com o veterano foi mais importante do que qualquer outro fator. "É um privilégio, o Zé é um excelente ator. Acompanho o trabalho dele há muito tempo e acho maravilhosa a oportunidade de trabalhar com atores mais experientes", exalta Kléber, que afirma não ter se preocupado com a desconstrução de sua imagem de galã: "Todo ator sonha com bons papéis. Desconstruir ou construir? Não vejo dessa forma. Cada personagem que a gente faz é uma construção para nós mesmos. O que eu fiz foi me dar ao máximo para esse personagem.

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