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André Marques sobre cirurgia para emagrecer: “Eu ia morrer”

Três meses e meio depois de fazer uma cirurgia de redução de estômago, o apresentador André Marques se prepara para a volta à TV.

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10/03/2014 às 09h06

Transformação. Após cirurgia André volta a telinha mostrando nova aparência (Foto: imprensa)

 Três meses e meio depois de fazer uma cirurgia de redução de estômago, o apresentador André Marques se prepara para a volta à TV. Ele contou, pela primeira vez, quantos quilos já perdeu.

André nos recebe em sua casa, no Rio de Janeiro.

Tadeu: André, então conta, que está todo mundo querendo saber dessa transformação: Como foi? Por que foi?
André: Cara, foi principalmente por causa da saúde. Se você falar: ‘Ah, lógico’. Estético também, que você quer, todo mundo quer se sentir mais bonito, mais saudável. E eu sempre empurrei com a barriga
Tadeu: E que barriga!
André:  E que barriga!

André: Eu tinha 14 anos quando eu entrei na Globo. Vou fazer 20 anos agora. Então desde que eu entrei eu nunca saí do ar. Fiquei em Malhação cinco anos, fiquei no Vídeo Show quase 14 anos. Então as pessoas me viram crescer e me viram ficando gordo. Tem senhoras que me assistiam no Vídeo Show que falavam: ‘Você vai morrer, você tem que emagrecer, meu netinho'. Isso é uma coisa que mexeu comigo. Eu, como gordo, me perguntava. Passava um gordo, eu falava: ‘Estou do tamanho desse gordo? Tá quase. Mentira, tô muito gordo, cara, não tô acreditando’. Porque eu me sentia gordinho. Eu não me sentia com 155, 160 quilos.

Tadeu: Qual foi o momento que você disse falou: chega?
André: Cara, tem várias coisas que gordo sofre. Amarrar cadarço é uma missão. Sério. Deixava todos os sapatos amarrados, deixava sem cadarço.

Com o excesso de peso, vieram os problemas de saúde. E não foram poucos.

André: Eu estava diabético. Eu fumava quase quatro maços de cigarro por dia. Minha vida era bem sedentária. Não fazia exercício nenhum.
Tadeu: Ou seja, diabético, sobrepeso.
André: Sobrepeso porque você é um cara legal. Peso pra caramba. Muito peso.
Tadeu: Nenhum exercício?
André: Nenhum exercício.
Tadeu: Você era uma bomba prestes a explodir.
André: Eu ouvi isso do médico. ‘E você pode até não morrer’, ele falou. ‘Mas que você não passa de 40 com esse fígado, é certo’. Eu tenho 34, né?

Na cirurgia que André fez – chamada gastroplastia – o estômago é separado do tubo digestivo, e um pedaço do intestino é conectado no lugar. A principal consequência é que a pessoa não consegue mais ingerir grandes quantidades de comida. Mas o médico que operou André alerta: a cirurgia não faz milagre.

“O melhor caminho é o da prevenção da obesidade. A cirurgia bariátrica é o último dos caminhos. É o caso dos extremos, que você está numa obesidade extrema. Todo mundo, não só o operado, como o não operado, tem que se alimentar adequadamente, praticar atividade física, beber com moderação, e aí sim você vai ter uma vida normal. Agora se o paciente operado quiser ter uma vida anormal – comer salgadinhos, frituras, gorduras, não fazer atividade física-, ele obviamente vai ter uma reengorda”, explica o cirurgião bariátrico Cid Pitombo.

A adaptação à nova vida foi difícil.

André: Porque você continua com alma gorda, só que isso passa. Vai diminuindo a sua alma gorda
Tadeu: Sua alma está emagrecendo?
André: A alma vai emagrecendo também, eu acho. Eu sei que se não mudar meus hábitos – estou mudando – eu posso engordar de novo, como várias pessoas engordam. Se eu não me engano, na cirurgia bariátrica 30% das pessoas voltam a engordar.
Tadeu: E você não quer estar nesse número?
André: Eu não estarei nesses 30%.

André: Eu li comentários assim: ‘Ah, operando é mole’. Vai operar, filho. É punk. Os primeiros dois meses são sinistros. É uma parada radical, você faz uma parada pesada no seu corpo. Você grampeia o seu estômago.
Tadeu: Por que não dava pra fazer um método que não fosse a cirurgia, no seu caso?
André: Porque eu tinha tentado todos os métodos possíveis e imaginários. Ortomolecular, dieta da lua, copo d'água embaixo da pia. Remédio, tomei todos que você possa imaginar
Tadeu: Chegou um momento que você teve aquele sentimento de derrota, e falou eu não vou conseguir sozinho?
André: Você usou uma palavra sinistra, que pro gordo é complicado. Só que conversando com a psicóloga e tal eu percebi que eu não era um derrotado. Eu era um cara que se eu não fizesse eu ia me derrotar rápido. Eu ia morrer.
Tadeu: Com quanto você operou?
André: Operei com quase 160. Estava com 158. Tinha perdido uns 2, que estava comendo melhor.
Tadeu: Quanto você tá agora?
André: 107.
Tadeu: Com quanto você quer ficar?
André: Eu quero ficar com 90, 95. Eu falava isso antes como gordo, mas agora a minha mente está mais magra. Eu quero ir pra 85 pra voltar pra 95 comendo besteira. Tem isso, o gordo tem isso. Mas agora já abandonei. Quero ficar com 90, 95 saudáveis. Se perder mais uns 10, 15 acho que vou ficar legal. Eu quero agora ficar bem. Meu objetivo é isso.
Tadeu: Seja muito feliz.

Fonte: G1.Globo

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