header top bar

section content

Em tom de despedida, Marcelinho fala em sensação de dever cumprido no Treze

Capitão, camisa 10 e líder em campo, Marcelinho Paraíba foi vice-campeão paraibano pelo Galo e festeja ter ajudado o time a conseguir calendário para o próximo ano. Mas agora ele vai embora.

Por Priscila Belmont

09/05/2017 às 10h14

Marcelinho Paraíba foi um dos principais jogadores do Treze no Campeonato Paraibano (Foto: Raniery Soares / Paraíba Press / FPF)

Vice-campeão paraibano pelo Treze e grande estrela do time nesta temporada, o meia Marcelinho Paraíba está satisfeito com a campanha galista no estadual, que acabou nesse domingo com o Botafogo-PB campeão. Principalmente pelo fato de o clube ter garantido calendário cheio para 2018. Prestes a completar 42 anos, o meia pretende seguir a carreira por pelo menos mais um ano, mas, por ora, não em Campina Grande. O jogador revelou que recebeu propostas de algumas equipes para a disputa do Campeonato Brasileiro e, como o Alvinegro do Bairro São José não atua neste segundo semestre, ele espera definir o seu futuro ainda nesta semana.

Apesar de não ter ficado com o título de campeão estadual, Marcelinho garante que deixa o Treze com a sensação de dever cumprido. O jogador se diz satisfeito principalmente por ter ajudado a garantir a participação alvinegra em competições nacionais, como a Copa do Brasil e a Série D do Brasileiro de 2018.

– Agora tenho a sensação de dever cumprido. Quando cheguei aqui, o Treze estava desacreditado, muitos anos sofrendo sem calendário, jogando só o Paraibano. A gente queria colocar o Treze na Série D, na Copa do Brasil e na seletiva da Copa do Nordeste. Isso é muito bom para o clube. Independente de quem fica aqui, os jogadores que vierem para o Treze terão no ano que vem um calendário maior e uma estrutura melhor para trabalhar – disse.

Não apenas a idade, mas também e principalmente a vasta experiência no futebol faz de Marcelinho Paraíba uma figura de referência e respeito no elenco do Galo. O meia contou que, minutos após ver a taça de campeão paraibano ser entregue ao Botafogo-PB, conversou com os jogadores do Treze e falou que agora eles têm que levantar a cabeça, apesar de não terem conseguido o título. Agora sem calendário no segundo semestre, Marcelinho desejou que todos os atletas que compõem hoje o Treze possam estar empregados no resto do ano.

Marcelinho não confirmou se o seu próximo destino no futebol vai ser a Portuguesa, como vem sendo especulado nos últimos dias. No entanto, o jogador informou que já recebeu sondagens de algumas equipes, mas, por estar focado na decisão do Campeonato Paraibano, só vai abrir negociações a partir desta segunda-feira.

– Eu venho conversando com alguns clubes. Não acertei nada com ninguém, pois eu estava focado na decisão. Há especulações de alguns clubes que me ligaram, me procurando, perguntando se eu tinha interesse. Deixei claro que interesse eu tenho, porque meu contrato com o Treze acaba agora. Vou ver o que é melhor não só para mim, mas para o clube que vier a me contratar – disse.

Após 23 anos da última vez que disputou o Campeonato Paraibano, Marcelinho Paraíba retornou à competição com direito a um “chapéu” improvável no time que o revelou. No final de outubro de 2016, o meia foi anunciado como jogador do Campinense, a primeira contratação do Rubro-Negro em busca do tricampeonato estadual. Cerca de um mês depois de ter informado que o seu então ex-clube, Internacional de Lages, teria barrado a negociação com a Raposa, o jogador foi anunciado pelo Treze.

Já atuando com a camisa do Galo da Borborema, Marcelinho encarou uma verdadeira batalha judicial contra o Inter de Lages para continuar defendendo o Treze, uma vez que o time colorado alegava que jogador ainda era atleta do clube. O meia chegou a ter a sua rescisão contratual publicada no Boletim Informativo da CBF (BID) cumprindo uma decisão do 13º Tribunal do Trabalho da Paraíba.

Marcelinho era presença garantida em quase todas as partidas que o Alvinegro disputou no Campeonato Paraibano. Ao longo da competição, seja sob o comando de Leocir Dall’Astra ou de Celso Teixeira, o jogador foi escalado 19 vezes no total de 22 jogos e balançou as redes adversárias quatro vezes.

Globo Esporte PB

Recomendado pelo Google: