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Serginho celebra trajetória na seleção e fala em ‘gratidão’ na despedida

'Eu fui contemplado com esta história', disse o líbero emocionado

Por Campelo Sousa

05/09/2016 às 13h10

Emocionado, Serginho agradeceu ao vôlei e exaltou sua trajetória na Seleção (Foto: Reprodução CBV)

O líbero Serginho vestiu a camisa da seleção brasileira de vôlei pela última vez neste domingo. A vitória no segundo amistoso diante de Portugal, desta vez no Mané Garrincha, marcou a despedida de um dos mais vitoriosos jogadores da história da modalidade. E ao fazer uma análise de toda esta caminhada, o jogador de 40 anos se emocionou e repetiu diversas vezes a palavra “gratidão”.

“São anos dedicados à seleção, uma parte importante da minha vida. Só tenho gratidão ao vôlei. Só gratidão. Não tenho que falar mais nada. Parei com a seleção, graças a Deus. Dentro do vôlei, muitas pessoas tem histórias lindas, mas eu fui contemplado com esta história toda. Tenho gratidão muito grande por ter vindo aqui, ter sido parte importante com esses meninos. É uma felicidade enorme. Choro de felicidade, não tem como ficar triste com isso”, disse em entrevista ao SporTV.

Em mais de 15 anos de seleção brasileira, Serginho representou a ascensão de uma equipe que conquistou tudo que poderia. Foram inúmeros títulos importantes para o líbero, mas o auge veio há pouco menos de um mês, quando não só faturou sua segunda medalha de ouro olímpica, como foi escolhido o melhor jogador dos Jogos do Rio.

Diante de uma trajetória tão vitoriosa e ainda vivendo ótimo momento, ele explicou o motivo de abandonar a seleção. “Tem coisas na vida que o dinheiro não traz de volta. Quero estar mais perto da minha família, dos meus filhos. Amanhã vou levar os filhos na escola, lavar o carro, ir no banco, fazer almoço. Quero descansar e seguir a minha vida.”

Com a humildade e o carisma que lhe são característicos, Serginho discursou para um estádio lotado, que compareceu em peso para assistir ao seu adeus. O multicampeão fez questão de lembrar do início da carreira e da infância humilde, no bairro de Pirituba, em São Paulo.

“Quando era criança, minha mãe me deu uma bola de vôlei que eu achava que era de futebol. Através desta bola eu alcancei uma monte de coisas, ao lado dos meus amigos aqui. Se meu sonho se tornou realidade, acho que o sonho de qualquer pessoa pode se tornar também”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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