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Botafogo-PB investe em tecnologia para aprimorar rendimento dos seus atletas

Dados em tempo real mostram se jogador ainda tem energia ou se já está fadigado. Ideia é dar o máximo de cada atleta, mas sem impedir que jogadores se contundam

Por Henrique

10/12/2016 às 13h12 • atualizado em 10/12/2016 às 09h27

Lateral-direito do Belo, Gustavo exibe o equipamento (em preto), que fica coberto por uma proteção (azul) (Foto: Divulgação / Botafogo-PB)

Lateral-direito do Belo, Gustavo exibe o equipamento (em preto), que fica coberto por uma proteção (azul) (Foto: Divulgação / Botafogo-PB)

O Botafogo-PB está focado na pré-temporada e, para tentar fazer em 2017 um trabalho ainda melhor do que fez em 2016, a comissão técnica alvinegra resolveu inovar na preparação física dos jogadores. Enquanto os atletas trabalham dentro das quatro linhas, informações sobre os seus batimentos cardíacos são transmitidos em tempo real por um equipamento para o computador do preparador físico Carlos Gamarra, que fica à beira do campo. Tudo no sentido de avaliar a situação clínica do elenco e tentar prevenir lesões.

Trata-se do Firsbeat, uma tecnologia que alia análise fisiológica, fórmulas e cálculos para que a situação cardíaca de cada jogador seja melhor avaliada. O equipamento é uma espécie de cinto, que fica preso ao tronco do atleta à altura do peito. Essa fita (ou cinto) capta a frequência cardíaca do jogador e a transmite por satélite para o computador de Gamarra, que, assim, fica sabendo se o trabalho precisa ser intensificado ou amenizado.

– Através dessas informações sobre o batimento cardíaco, você começa a tirar o atleta ou a cobrar que ele seja mais intenso, ou no trabalho diário ou no próprio jogo. Ela previne lesões e é uma ferramenta que nos dá muitos dados da parte física de cada um. Permite que a gente chegue em casa e faça as análises para no dia seguinte passar para o atleta que ele devia ter feito um pouquinho mais ou um pouquinho menos – explica o preparador físico do Belo.

A comissão técnica já está usando essa tecnologia – inédita na Maravilha do Contorno – desde o início da pré-temporada. A partir da coleta de dados sobre a frequência cardíaca dos atletas, o equipamento os transforma em informações personalizadas sobre exercício, estresse e recuperação.

Assim, Gamarra pode se basear em como cada jogador está reagindo à carga de exercícios e, a partir disso, estabelecer a sua estratégia de preparação para que todos estejam muito perto do seu condicionamento físico ideal.

– É um trabalho baseado na frequência cardíaca. Cada atleta usa uma fita, um cinto, e usamos um receptor, que recebe essas mensagens sobre o batimento cardíaco. O computador tem várias fórmulas e vai fazendo os cálculos para a gente ter uma referência. E quando o batimento cardíaco está elevado, a gente tem a mensuração de saber se ele já está fadigado, se está numa intensidade alta ou se ele está mal fisicamente. Então são dados, subsídios que a gente tem agora na preparação física do Botafogo para correr o mínimo de risco possível e evitar lesões. A gente sabe que isso não é determinante para vencer jogos, longe disso, mas é uma ferramenta a mais que vem para nos auxiliar. Eu acho que tudo que vem em favor da preparação física é importante.

Carlos Gamarra, Botafogo-PB (Foto: Divulgação / Botafogo-PB)

Preparador físico alvinegro, Carlos Gamarra fica à beira do campo, recebendo em seu computador as informações sobre a frequência cardíaca dos jogadores (Foto: Divulgação / Botafogo-PB)

E os primeiros resultados já estão coletados e fazem parte da avaliação de Gamarra. As notícias, segundo o preparador físico botafoguense, são boas. Evidente que os atletas ainda estão abaixo do seu condicionamento físico ideal, mas nada que preocupe a comissão técnica.

– A gente já observou que atletas que vinham há muito tempo parado já sofreram muito com isso; o desgaste deles é bem mais rápido que o dos demais. Mas isso é natural, haja vista que estamos no início dos trabalhos. A gente já trabalhou com bola, em campo reduzido, mas está tudo dentro do normal.

Botafogo-PB (Foto: Divulgação / Botafogo-PB)

Botafogo vem treinando sob a orientação de Carlos Gamarra (Foto: Divulgação / Botafogo-PB)

Se a nova tecnologia vai, de fato, fortalecer o Botafogo-PB ao longo da temporada de 2017, só o tempo vai dizer. O fato é que essa é uma aposta do clube para que as lesões diminuam e o rendimento aumente.

O Belo vai precisar mesmo manter seu elenco bem preparado fisicamente, já que tem um ano cheio pela frente, com as disputas do Campeonato Paraibano, da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e da Série C do Campeonato Brasileiro.

GLOBO ESPORTE

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