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Bacia do Rio do Peixe já recebeu mais de 5 milhões de dólares de investimentos

O bloco da Petrobras está situado na zona rural do município de Santa Helena e parte de Triunfo, no Sertão da Paraíba.

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17/05/2009 às 08h00

Em três meses de trabalho na Bacia do Rio do Peixe, a Petrobras já investiu mais de US$ 5 milhões de dólares num único bloco arrematado pela empresa do total de 12 que foram leiloados em 2007 para serem explorados. O bloco da Petrobras está situado na zona rural do município de Santa Helena e parte de Triunfo, no Sertão da Paraíba.

A assessoria de comunicação da Petrobras informou que desde fevereiro, quando foram iniciados os trabalhos de topografia, abertura e registro sísmico 3D (terceira dimensão) na região, foram contratados temporariamente cerca de 500 pessoas, sendo quase 80% da região. Já os geofísicos e geólogos foram contratados do Rio Grande do Norte e da Bahia para realizar as etapas específicas como os registros sísmicos, que são referentes aos trabalhos da primeira fase dos trabalhos.

O gerente de Exploração da Petrobras do Rio Grande do Norte e Ceará, João de Deus Souto Filho, que coordenou os trabalhos à primeira fase na Bacia do Rio do Peixe, disse que as chuvas intensas na região atrasaram a conclusão da primeira etapa em quase dois meses. “A primeira etapa era para ser concluída no início de abril, mas como houve chuvas fortes alagaram boa parte dos pontos mapeados para fazer o levantamento sísmico. Até o momento, somente conseguimos fazer 50% dos registros. Se não houver precipitações mais fortes na região este mês terminaremos a outra metade do registro até o final de maio ou na primeira semana de junho”, revelou o geólogo, que negou as informações que circularam no Estado de que poços de petróleo já estavam abertos pela Petrobras na Bacia do Rio do Peixe. “Saíram algumas aberrações na mídia da Paraíba que não condizem com a verdade”, comentou.

Sousa Filho disse que a perfuração de poços faz parte ainda da terceira fase da exploração e “depende ainda das avaliações dos registros da sísmica que está sendo concluída”, lembrou.

A assessoria da Petrobras revelou ainda que “a aquisição, processamento e interpretação dos dados sísmicos constituem as primeiras etapas da indústria petrolífera, centradas, principalmente, em pesquisa. Portanto, as atividades de perfuração de poços só ocorrem com a conclusão destas etapas. A existência de petróleo só é confirmada com a perfuração dos poços, portanto, qualquer informação nas etapas iniciais seria especulação” e completa a nota: “o mesmo se refere a benefícios como tributos e empregos [referentes à exploração], que só podem ser estimados com a confirmação de petróleo e a declaração de comercialidade”.

O gerente da Exploração da Petrobras comparou os registros da sísmica realizados pelos sensores denominados de geofone na Bacia do Rio do Peixe a um exame de ultrassonografia. “São depositados cargas nos pontos de seis metros de profundidade e os geofones, os sensores fixados, captam as vibrações induzidas nos pontos. Elas são gravadas pelo sensor para serem lidas pelo Centro de Processamento da Petrobras em Natal, que será a segunda fase da exploração. Esse trabalho mais detalhado vai apontar se há viabilidade econômica e comercial do petróleo naquela localidade”, frisou. Ele acrescentou que a sísmica está sendo feita em 3D, a mais avançada tecnologia.

João de Deus Souto Filho informou ainda que como a Bacia do Rio do Peixe é uma área de fronteiras, ou seja, “muito pouco conhecida e não temos parâmetros para realizá-la. Como a Petrobras saiu na frente das demais na exploração essa é uma fase mais crítica pelo desconhecimento da área, por isso vai levar de quatro a seis meses para refinar as informações das imagens no Centro de Processamento de Natal”, frisou.

Fonte:Jornal da Paraíba

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