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Tratamento de câncer na PB é destaque na Globo; Pacientes morrem antes de começar tratamento

De acordo com a reportagem, o Nordeste só tem 30% da cobertura de radioterapia recomendada pela Organização da Saúde.

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30/01/2016 às 12h38


 

O programa de expansão da radioterapia na Paraíba foi destacado em reportagem realizada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, nessa terça-feira (26), a segunda de uma série especial que está sendo apresentada nesta semana sobre os obstáculos enfrentados pelos brasileiros que precisam de tratamento contra o câncer pelo SUS.

De acordo com a reportagem, o Nordeste só tem 30% da cobertura de radioterapia recomendada pela Organização Mundial da Saúde, e que em muitos Estados o programa de expansão da radioterapia sequer saiu do papel. A reportagem ressalta que a rádio é fundamental para tratar cerca de 60% dos casos de câncer, e que só a Paraíba está perto de cumprir o cronograma.

Desde 2011, o Governo do Estado não tem medido esforços para melhorar a qualidade do atendimento de saúde aos pacientes de câncer, investindo na compra de equipamentos, melhorando e ampliando os ambientes físicos, além de oferecer médicos, técnicos, além de locais especiais, protegidos contra radiação.

Em março de 2012, o Governo do Estado fez a doação de um acelerador linear ao Hospital Napoleão Laureano, ampliando a capacidade de atendimento da unidade referência para o câncer na Paraíba. O equipamento, que custou R$ 2,1 milhões, foi adquirido com recursos próprios do Estado e beneficia aproximadamente 200 pacientes por mês, no tratamento da radioterapia.

Segundo o diretor técnico e clínico do hospital, Fernando Carvalho, só no mês de dezembro de 2015, foram realizadas 10.592 aplicações radioterápicas em 190 pacientes. Durante todo o ano de 2015 foram realizadas 135.694 aplicações. “A radioterapia é realizada em várias aplicações nos locais do tumor, e não numa aplicação única, em um único local. A radioterapia é um tratamento essencial para a maioria dos casos de câncer e poder oferecer esse serviço aos nossos pacientes nos deixa felizes e esperançosos quanto à cura”, disse Fernando.

O hospital Napoleão Laureano, que existe há 53 anos, realiza mais de 40.000 atendimentos mensais, entre consultas, exames e cirurgias. Aproximadamente 200 pacientes recebem aplicações de radioterapia mensalmente. Quanto às aplicações de quimioterapia, o Hospital Napoleão Laureano realiza aproximadamente 3.400 mensais.

Centro de Oncologia de Patos
Outro passo importante do Governo do Estado vem sendo dado no interior do Estado e será um “divisor de águas” na saúde pública da Paraíba, que é a construção do Centro de Oncologia de Patos, o primeiro construído na região do Sertão nordestino.

A abertura da unidade vai proporcionar a cobertura assistencial para uma população superior a 900 mil pessoas, que não precisará mais se deslocar para outros centros e terá um atendimento com qualidade e eficiência. Além disso, vai servir de referência para todo estado, pois será o primeiro serviço direcionado ao tratamento do câncer pertencente à Secretaria de Estado da Saúde a ser instalado.

Na obra estão sendo investidos recursos na ordem de R$ 6 milhões (parceria entre os Governos Estadual e Federal). A unidade contará com 60 leitos, centro cirúrgico e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de 10 poltronas para atendimento na área de quimioterapia, uma sala de atendimento emergencial com dois leitos e dois consultórios de oncologia.

A unidade vai contribuir com a implantação da Rede de Atenção em Oncologia do Estado, permitindo que a população de 89 municípios do alto Sertão passe a realizar em Patos diagnóstico, tratamento e reabilitação, não precisando se dirigir a Campina Grande ou João Pessoa, onde se encontram atualmente os dois únicos centros de oncologia, com hospitais filantrópicos conveniados com o SUS.

Centro de Diagnóstico
Além disso, a Paraíba também conta com o Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer (CEDC), que é referência para a detecção precoce do câncer de colo de útero e mama, disponibilizando serviços médicos especializados e atendimento diferenciado, com qualidade, confiança e credibilidade à população paraibana usuária do SUS.

Em dezembro de 2013, o Governo do Estado inaugurou as novas instalações do CEDC, na Avenida Duarte da Silveira, no Centro de João Pessoa. Foram investidos com recursos próprios aproximadamente R$ 1,2 milhão na implantação do novo CEDC, sendo R$ 1,1 milhão em equipamentos e mais R$ 50 mil na estruturação do novo prédio climatizado e moderno. O novo centro dispõe de um mamógrafo digital e um ultrassom, que contribuem para a detecção precoce do câncer de mama e do colo do útero.

Mamógrafos
Também em 2013, foi inaugurado o serviço de mamografia do Hospital Regional de Guarabira, um investimento da ordem de R$ 35 mil para colocar o mamógrafo em funcionamento, além de preparar a sala de mamografia e o pessoal.

Outro serviço de mamografia também inaugurado naquele ano foi na cidade de Catolé do Rocha. O serviço funciona no Centro de Saúde Municipal realizando exames em mulheres de 10 municípios da região.

O investimento para a instalação do mamógrafo foi de R$ 191 mil, sendo R$ 160 mil por parte da Prefeitura de Catolé e R$ 31 mil do Governo do Estado.  O mamógrafo foi adquirido por meio de uma pactuação entre a prefeitura de Pombal, de Catolé do Rocha e da Secretaria de Estado da Saúde, no valor de R$ 125 mil.

Serviço
Na Paraíba atualmente o atendimento a pessoas com câncer é realizado em João Pessoa, nos hospitais Napoleão Laureano e São Vicente de Paula e em Campina Grande, o atendimento é realizado nos Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), pertencente à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Estimativa de casos
No estado a estimativa para o biênio 2014/2015 é de 7.620 novos casos de câncer, dentro desse total, os tipos mais comuns são próstata, mama feminina, colo de útero, traqueias, brônquios e pulmão, além de cólon e reto.

DIÁRIO DO SERTÃO com JN

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