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Segundo boatos em Brasília a prisão de Lula e outros membros graúdos do PT pode ocorrer nesta segunda-feira (26)

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sinalizou neste domingo, em Ribeirão Preto (SP), que uma nova etapa da Operação Lava Jato vai ser deflagrada nesta semana

Por Priscila Belmont

26/09/2016 às 10h35

Lula volta a ser investigado pelo juiz Sérgio Moro

Ao Broadcast, o ministro afirmou que a Lava Jato é uma “belíssima operação” e o prosseguimento das investigações, com “o apoio total à Polícia Federal”, é um compromisso feito desde que assumiu o cargo.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sinalizou neste domingo, em Ribeirão Preto (SP), que uma nova etapa da Operação Lava Jato vai ser deflagrada nesta semana.

Em uma conversa com representantes do Movimento Brasil Limpo (MBL), acompanhada pelo Broadcast, sobre o futuro da investigação e da ação conjuntas entre Ministério Público Federal e Polícia Federal (PF), Moraes disse que a Lava Jato prosseguiria e emendou: “Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos.

Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, disse o ministro em um evento de campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), candidato a prefeito no município paulista.

A INFORMAÇÃO DO DOMINGO

São fortes os boatos em Brasília de que nesta segunda-feira (26) pode ocorrer a prisão de Lula e outros membros graúdos do PT. No festival de cinema ocorreu na capital Federal a informação circulou em todas as rodas.

Uma fonte de grande credibilidade passou informação que o Juiz Sérgio Moro está fazendo um grande acordo com Leo Pinheiro para fazer uma delação envolvendo Lula, e que daria argumento para ele pedir a prisão imediata antes das eleições. O motivo desse acordo, é para acabar logo com Lula e o PT antes das eleições, e por Moro ter ficado muito irritado com o descredito da Lava Jato após a exposição dos procuradores.

Ao Broadcast, o ministro afirmou que a Lava Jato é uma “belíssima operação” e o prosseguimento das investigações, com “o apoio total à Polícia Federal”, é um compromisso feito desde que assumiu o cargo. Moraes rebateu acusações de que tenha havido exagero na prisão, depois revogada, do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, na última quinta-feira (25), quando ele acompanhava uma cirurgia da esposa. Para o ministro, a PF só cumpriu um mandado judicial e atuou de forma “absolutamente discreta” para deter Mantega no hospital. “A prisão só foi revogada por um fato superveniente (posterior), desconhecido da polícia, Ministério Público e Judiciário, um fato humanitário, o que não leva a nenhum descrédito toda a operação e aquele momento da prisão”.

Moraes comentou também a tentativa da Câmara de aprovar um projeto para anistiar a criminalização do caixa 2 em campanhas eleitorais passadas e punir apenas as possíveis ações futuras. Segundo ele, o governo defende uma maior criminalização e uma pena maior da prática e “obviamente jamais uma extinção de punibilidade, uma abolição”, disse. “O que nós defendemos é punir mais forte o caixa 2. Temos de tirar essa prática nociva da política nacional porque, com isso, vamos tirar também os políticos que usam essa pratica para se reeleger”, emendou o ministro.

Repatriação

Sobre a tentativa de deputados federais de mudar a lei de repatriação, que descriminaliza a reentrada no País de recursos não declarados no exterior, e ainda as ações como a feita pelo Solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir que políticos e ocupantes de cargos públicos também possam se beneficiar da prática, o ministro comentou que a Câmara discute uma “modulação” da legislação. Para ele, se a medida for aprovada, é passível, como qualquer outra, de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no STF, uma decisão que seria política do Congresso. “Obviamente, se houver algum tipo de exagero que acabe atuando para descriminalizar outras condutas que não seja somente a evasão de dinheiro, por vício de iniciativa o Supremo pode se manifestar”, disse.

Moraes acrescentou que o governo não tem qualquer problema ou temor em relação às possíveis revelações que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) possa fazer em um livro prometido para antes do Natal sobre os bastidores do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que levou Michel Temer (PMDB) a assumir o cargo. “Governo não tem nenhum problema em relação a isso, é absolutamente tranquilo sobre a decisão tomada soberanamente da Câmara dos Deputados, um poder independente, e, assim como os demais brasileiros, todos vamos aguardar o livro”, concluiu.

AMEAÇA DE PRISÃO DE LULA DESDE JUNHO

Os procuradores da República que atuam na Operação Lava-Jato não pretendem pedir a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles afirmaram que nenhum dos episódios enseja gravidade suficiente para justificar o cárcere imediato do líder petista. A opinião se firmou a partir das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) e da denúncia feita contra Lula pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com o ZH Notícias, os integrantes do Ministério Público Federal (MPF) argumentam que o ex-presidente não intimidou testemunhas, não moveu dinheiro no Exterior, ou tentou eliminar provas, assim como ocorreu com outros réus da Lava-Jato.

Os procuradores procuram, ainda, não transformar Lula num mártir político e evitar a intensa repercussão – com diversos protestos – do dia em que a PF o levou em uma viatura policial para depor. Lula pode responder por corrupção passiva (dois a 12 anos de prisão) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão) nos casos do sítio e do triplex. Mesmo se for denunciado e condenado por Moro, Luiz Inácio pode pegar pena mínima, por ser réu primário, e ter o direito a recorrer em liberdade, até seus casos serem julgados em segundas instância, em um Tribunal Regional.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Créditos: Gustavo Porto

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