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Goleiro Bruno volta a ser preso após se apresentar à polícia de Minas Gerais

Bruno foi condenado pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio, em 2010, e estava solto desde 24 de fevereiro, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello.

Por Priscila Belmont

27/04/2017 às 17h13

Goleiro Bruno (Foto: Cristiane Mattos/AFP)

O goleiro Bruno Fernandes voltou a ser preso após se apresentar, na tarde desta quinta-feira, na delegacia regional de Varginha, em Minas Gerais. Ele chegou à delegacia por volta das 13h45m, após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) expedir e encaminhar o mandado de prisão contra ele para a Polícia Civil do estado.

Segundo a polícia, o goleiro do Boa Esporte passará por exames no Instituto Médico Legal (IML) e será levado para o presídio de Varginha. A polícia cumpre uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, nesta terça-feira, o retorno do goleiro à prisão. A maioria dos ministros da casa votou contra o habeas corpus que garantia a liberdade do jogador. A decisão foi tomada por três votos a um. Marco Aurélio Mello, que concedeu, em fevereiro deste ano, a liberdade do jogador, foi o único voto a favor. Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Rosa Weber votaram para Bruno retornar à prisão.

Bruno foi condenado pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio, em 2010, e estava solto desde 24 de fevereiro, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello.

Na mesma terça-feira da votação, o goleiro chegou a se apresentar à polícia, mas foi liberado em seguida porque não havia mandado de prisão expedido. Ele combinou que se entregaria na quarta-feira no Fórum de Varginha.

Defesa vai contestar decisão do STF

O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, informou que a defesa vai contestar a decisão do STF, em um embargo de declaração, contra o que chamou de “obscuridades” na votação. A ideia é que o caso de Bruno seja avaliado no plenário da Corte.

— Eles (os ministros) deveriam decidir sobre o habeas corpus, mas teceram profundos comentários sobre o julgamento (de Bruno, ocorrido em 2013). Eles pré-julgaram. Para revogar a liberdade, começaram a analisar a conduta, o comportamento do Bruno. Não cabia a eles fazer isso naquele momento. Vamos entrar com um embargo de declaração para sanar as obscuridades que o acórdão (do STF) deixou — explicou Adolfo.

Às 10h46m desta quinta-feira, a defesa protocolou uma petição para pedir as notas taquigráficas e o vídeo da sessão. Segundo Adolfo, os ministros extrapolaram o assunto que deveria ser julgado naquela sessão do STF. Os advogados de Bruno estudam também as alternativas de pedir a progressão do regime do esportista para o semiaberto e a autorização para trabalhar.

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